A Igreja Cristã Maranata é uma das que mais crescem no país. Acima, foto do templo na Praia da Costa
PRESIDENTE DA IGREJA MARANATA É INTIMADO PARA DEPOR SOBRE DESVIO DE DÍZIMOS
Nesta quinta-feira, 9, o presidente da Igreja Cristã Maranata do Espírito Santo foi convocado para depor na Delegacia de Defraudações e Falsificações (Defa) sobre as denúncias de desvio de dízimos e outras irregularidades.
O titular da Defa, Gilson Gomes, disse aos jornalistas que o depoimento precisou ser tomado devido à repercussão do caso e também às ligações telefônicas que alguns fiéis fizeram para a delegacia. “Com base nos fatos expostos pela mídia, além da ligação de diversos membros da Maranata que expuseram muitas situações pra gente, resolvemos instaurar o inquérito. A justiça também nos mandou um ofício solicitando nossa participação no caso”, explicou o delegado.
Depois que o líder depor outros membros da diretoria da Maranata e os dois acusados, o ex-vice-presidente e o contador da igreja, também serão convocados para dar suas declarações ao Defa. “Como a igreja moveu a ação, vamos chamar pessoas que podem ajudar na investigação, como o presidente da instituição”, afirma Gomes.
Esses depoimentos servirão para investigar o caso do desvio de mais de R$2 milhões arrecadados do dízimo pago pelos fiéis. É no Espírito Santo que fica a administração de todas as mais de 5 mil igrejas Maranata, os dois ex-membros estão sendo acusados de fazer caixa dois e cometerem outras irregularidades administrativas.
Em reportagem do G1 o caso é explicado da seguinte maneira: a igreja pedia o orçamento de um serviço e se ele custasse, por exemplo, R$ 5 mil o valor era registrado como R$8 mil, a empresa aprovava uma nota fiscal de R$8 mil, mas só recebia os R$5, pois os outros R$3 mil ficavam com o ex-vice-presidente.
“Vi documentos que comprovam que o patrimônio de um dos denunciados é assustador, incompatível com o que ele ganhava”, exemplificou o ex-pastor, que preferiu não se identificar. Essa testemunha disse que há evidências de que a fraude acontecia desde 2006.
Com informações G1
IGREJA MARANATA INVENTOU DESVIO SEGUNDO ADVOGADO
Os acusados não pretendem entrar com processo contra a liderança para aguardar o final das investigações.
De acordo com Leonardo Schuler, advogado de defesa do ex-vice-presidente da Igreja Maranata e de um contador, os líderes da instituição estariam mentindo ao abrirem um processo na Justiça do Espírito Santo alegando que os ex-membros teriam desviados mais de R$20 milhões dos dízimos.
Para o profissional tal acusação “é uma forma de ludibriar os fiéis” já que a própria instituição abriu uma investigação que gerou uma auditoria externa ainda não concluída para verificar o desvio de R$ 42 milhões. ”Causa muita estranheza pedir R$ 2 milhões e processar apenas duas pessoas, quando há todo um sistema”, conta.
Apesar das fortes acusações contra os membros, o advogado informa que eles não pretendem entrar na justiça contra a Igreja Maranata. “Não vamos tomar nenhuma medida, fazemos isso apenas para dar satisfação ao público. Além de dízimos doados, são vidas dedicadas à igreja.
Vamos fiscalizar a Justiça e esperamos que eles apurem mais profundamente essa situação”, informa.
No domingo as notícias sobre o processo aberto pela denominação contra três pastores e um contador ganharam destaque na mídia e dividiram opiniões entre os frequentadores da denominação fundada há 43 anos, hoje com 5,5 mil templos espalhados pelo Brasil.
Na acusação consta um esquema de desvio de dízimos que eram destinados à criação de empresa irregular, contrabando, além de fraudes ao Fisco e ao sistema financeiro. O Ministério Público foi acionado para investigar o caso e as auditorias externas também continuarão até que novas provas e documentos sejam encontrados.
Um ex-membro que não se identificou falou sobre o tema para a reportagem do G1. “Lá não se pode questionar nada. O pastor que saiu, saiu porque questionou o presidente acerca do desvio e foi afastado de todos os cargos. Está havendo cobertura da atual presidência, apesar do processo que corre em juízo e do procedimento administrativo aberto por eles mesmos”, relata.
Com informações G1
Um esquema de corrupção montado pela liderança nacional da Igreja Cristã Maranata desviou, no mínimo, R$ 21 milhões nos últimos anos. A rede de envolvidos inclui pastores, diáconos e fornecedores.
Uma investigação está sendo feita pelo Ministério Público do Espírito Santo após denúncia da própria instituição. O caso corre na justiça e até agora os únicos nomes revelados foram o do vice-presidente, Antônio Ângelo Pereira dos Santos, e o contador da Maranata, Leonardo Meirelles de Alvarenga.
O pastor Antônio Ângelo e o contador Leonardo Alvarenga, vice-presidente e o contador da instituição, respectivamente, são acusados de desvio
Outros três pastores e um diácono foram afastados de suas funções administrativas e religiosas pela diretoria da Igreja, que diz já ter adotado providências contra as irregularidades.
O caso ainda está sendo investigado mas, em nota, o MP adiantou que os documentos apresentados exigem uma melhor apuração, mas já foram detectados várias irregularidades e crimes.
Aproveitando da isenção de tributos que as igrejas possuem e do dinheiro doado mensalmente pelos fiéis, alguns líderes fizeram uso ilegal. Entre os crimes praticados estão: desvio de recursos para o exterior, criação de empresa irregular, contrabando, fraudes ao Fisco e ao sistema financeiro.
O caso envolve diretamente membros do presbitério da igreja, em Vila Velha, Espírito Santo. Ali são administrados cerca de 5 mil templos espalhados pelo Brasil. A Maranata funciona num sistema de caixa único, por isso o fluxo de dinheiro é muito grande e um controle mais rígido é difícil. Embora a igreja não informa quanto arrecada, mas diz ser uma das que mais crescem no país.
Já ficou evidenciado que o golpe era feito através da emissão de notas fiscais frias, num esquema que beneficiava fornecedores do Presbitério da Maranata. Existem também indícios que empresas foram criadas em nome de “laranjas” para viabilizar o golpe. Contudo, nas apurações, os envolvidos afirmaram apenas que o dinheiro era usado para “ajudar irmãos no exterior”.
Até o momento já foi revelado que parte dos recursos desviados foi usada na compra de carros e imóveis e no pagamento de contas pessoais do grupo de pastores envolvidos.
“Por várias vezes fui orientado a depositar valores na conta do Antônio Ângelo para pagamento de cartão de crédito, prestação de veículos, condomínios, compras de equipamentos”, afirmou um funcionário da igreja durante a investigação.
Parte dos recursos também era investida na compra de dólares, afirma um empresário ouvido pelo Ministério Público. “O valor era depositado nas contas das minhas empresas. No mesmo dia, eu comprava os dólares e os entregava no presbitério”. A partir de então, os dólares eram levados para o exterior nas malas de fiéis.
Para tentar acobertar os crimes, funcionários eram instruídos a destruir cópias de recibos. Alguns computadores foram, inclusive, formatados para que as provas do esquema de desvios fossem totalmente apagadas. “Os HDs foram corrompidos. Programas de envio de relatórios fiscais por internet (Receitas Federal e Estadual) foram apagados”, afirma um dos documentos apreendidos.
A contabilidade da igreja estava atrasada há pelo menos quatro anos. Isso gerou uma investigação interna da igreja, que gerou uma auditoria externa. Após confirmadas as irregularidades, uma denúncia formal foi apresentada. Ninguém foi preso ainda.
A Rádio CBN de Vitória e o jornal Gazeta divulgaram o esquema neste final de semana.
O advogado da Maranata, Sérgio Carlos de Souza, enfatiza que a Igreja não aceita as justificativas dos envolvidos de que fizeram tudo movidos por uma “visão de Deus”. “Deus não mostra caminhos para fazer algo errado. Para acobertar um procedimento ilícito, a pessoa conta qualquer tipo de história”, esclarece o advogado. Ele assinala ainda que apesar da gravidade dos fatos, a Igreja está tranquila e todas as providências foram tomadas para preservar a instituição e ressarcir os prejuízos ocasionados pelo desvio. Mesmo assim, as denúncias acabaram causando revolta em um grande grupo de fiéis, que decidiu abandonar a igreja.
SE A POLÍCIA FEDERAL FIZESSE UMA DEVASSA EM TODAS AS IGREJAS SEM EXCESSÃO DE NENHUMA. QUAL SERIA O RESULTADO??? SOBRARIA ALGUMA LIMPA OU TODAS SERIAM UMA MÁFIA ESPIRITUAL??????
ResponderExcluirSOBRARIAM ALGUMAS SIM!
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