Uma das primeiras responsabilidades que recebi quando assumi a posição de coordenador da rede internacional de batalha espiritual em 1990, foi de visitar às várias regiões do mundo para conhecer aqueles que entendiam pelo menos um pouco sobre guerra espiritual a nível estratégico e que estavam tentando praticá-la de alguma forma. Sendo que muito disso era novidade para mim nesses anos, freqüentemente, eu me posturei como ouvinte e aprendiz. Não demorou muito para eu começar a reconhecer que um padrão discernível de continente em continente. Foram as referências freqüentes à Rainha dos céus. Por isso, comecei a fazer perguntas sobre a Rainha dos céus. A bíblia nos diz que se somos ignorantes nos ardis do diabo ele vai tomar vantagem de nós. (II Coríntios 2:11).
Quais são os ardis da Rainha dos céus?
Nessas alturas, eu comecei a perceber que ela deveria ser o principado mais importante sob o comando de Satanás, mas qual era o seu modo de operação?
Por anos, só recebíamos pedacinhos desconexos, mas eu não tinha dúvida de que algum dia Deus iria mostrar a resposta.
Agora, eu creio que uma das razões que não chegamos a um consenso internacional é porque Deus sabia que não estávamos prontos, e, Ele mesmo estava orientando a agenda.
A JORNADA DE RECONCILIAÇÃO
Quando Doris e eu fizemos a nossa jornada de oração à Turquia em agosto de 1997, não fazíamos idéia que envolveria algo mais do que a nossa participação em campo do projeto "Orando pela Janela III". Intentávamos pedir a benção de Deus sobre o povo da Turquia e voltar para casa.
Nós tiramos dias de férias para fazê-lo, e por isso planejamos alguns dias de descanso durante a viagem.
Nós não tínhamos parado para concentrar ou a orar a respeito das questões relacionadas à Rainha dos céus antes de viajarmos.
Nós sentimos contudo, que devíamos fazer uma reserva no hotel em Izmir para podermos orar em Éfeso e Pérgamo.
Também planejamos parar pelo caminho em Istambul por alguns dias para encorajar e orar com os intercessores que estavam participando da Jornada de Reconciliação.
Hoje, eu vejo que a Jornada de Reconciliação foi o fator principal na agenda de Deus para confrontar a Rainha dos céus.
A Jornada de Reconciliação, uma visão de Lynn Green, da Jocum, é a expedição de oração mais maciça da década. O desenho é muito simples: mobilizar intercessores cristãos para caminhar todas as rotas conhecidas da primeira cruzada com apenas um item em pauta: arrepender-se aos muçulmanos e judeus pelos pecados que os nossos antepassados cristãos cometeram contra eles nas primeiras cruzadas há 900 anos e nas cruzadas subseqüentes.
Pedindo perdão pelas cruzadas
Nossa memória coletiva cristã em relação às cruzadas medievais é muito nublada. Tendemos a pensar que essas cruzadas fazem parte de uma história antiga, distante e muito esquecida. Menosprezamos tanto as cruzadas que até chamamos os esforços evangelísticos dos nossos dias de cruzadas como se as cruzadas da Antigüidade fossem algo benéfico e/ou até nobre.
Os muçulmanos e judeus carregam lembranças diferentes. Para eles, as cruzadas podiam ter acontecido ontem. Nas suas escolas são ensinados a interpretar crentes e cristianismo, pelo menos parcialmente, à luz das cruzadas.
Eles aprendem, entre outras coisas, que quando os cristãos entraram em Jerusalém no final da primeira cruzada de julho de 1099, eles massacraram 30.000 civis muçulmanos indefesos, incluindo mulheres e crianças, a sangue frio. Eles aprendem que 6.000 judeus que moravam em Jerusalém naquela hora fugiram para uma sinagoga e pensavam ali dentro que estariam seguros, mas os soldados trancaram as portas do lado de fora e incendiaram a sinagoga. Enquanto os judeus queimavam até a morte nesse holocausto do Século XI, os soldados cavalgavam em volta da sinagoga debaixo de bandeiras da cruz cristã, abafando os gritos dos que morriam cantando hinos cristãos.
Felizmente agora, através de líderes como John Dawson, Cindy Jacobs, Lynn Green e outros sabemos que nós cristãos que hoje vivemos podemos fazer algo sobre essas situações através de arrependimento por identificação. As feridas do passado podem ser curadas se nos humilharmos, orarmos, buscarmos a face de Deus e nos convertermos dos caminhos maus como lemos em II Crônicas 7:14. A Jornada de Reconciliação intenciona ser um passo gigante nessa direção. Não há fortaleza que mais impede a plena benção de Deus de ser derramada sobre os muçulmanos maior do que a causada pelas cruzadas, e, a Jornada de Reconciliação através de atos públicos de humilhação e arrependimento, procura destruir esta fortaleza das trevas.
Tive o privilégio de estar em Cologne, na Alemanha no Domingo de Páscoa de 1996, para comissionar o primeiro grupo de intercessores que começaram a Jornada de Reconciliação. Era um aniversário de 900 anos no dia que Pedro "O Ermitão" comandou as suas tropas na primeira cruzada. Nossa visita a Istambul em agosto de 1997 ocorreu no meio dessa expedição. Doris e eu esperamos estar presentes para receber os intercessores quando terminarem em Jerusalém em julho de 1999.
O fax de Alice Smith
Antes de sairmos de Istambul, Doris e eu não sabíamos exata¬mente como orar em Éfeso e Pérgamo. De repente recebemos um fax de três páginas enviado ao nosso hotel por uma intercessora principal, Alice Smith, que mora em Houston, Texas. Alice é uma de um círculo de 22 intercessores pessoais que oram com fervor por Doris e por mim e freqüentemente ouvem de Deus a nosso respeito. Eu gosto de dizer que eu ouço de Deus por mim mesmo, mas muitas vezes eu preciso de um aparelho. Desta vez, Alice foi o aparelho espiritual.
Alice disse, que eu me lembre, que ela tinha orado por nós das 2:00 às 5:00 da manhã. Tal coisa não era totalmente fora do normal — já tinha acontecido antes. Mas essa vez, o Senhor mostrou a ela como Doris e eu estávamos a orar no templo da Diana em Éfeso e no trono de Satanás (Apocalipse 2:13) em Pérgamo. E assim fizemos. Contratamos um guia pessoal e oramos em Éfeso numa manhã e na mesma tarde em Pérgamo, seguindo o script que Deus tinha dado a nós no fax.
Alice disse, usando Apocalipse 2:17, que enquanto em Pérgamo eu iria receber maná oculto, uma pedra branca e um nome novo. A pedra branca está no meu escritório agora em Colorado Springs. Eu acho que sei qual é o nome, mas eu não deveria falar para ninguém, de acordo com aquela escritura. Mais significante, ela disse que o maná escondido seria o maná da revelação concernente um passo importante para evangelização mundial. Doris e eu recebemos isso literalmente, então estávamos preparados para receber orientações que o Senhor nos daria nesta viagem. A importância dessa Jornada de oração agora tinha um novo significado!
Carga espiritual em Éfeso!
Nossa primeira parada foi Éfeso. Nós fizemos um tour pela cidade antiga, e quando chegamos ao templo da Diana, nós pedimos ao nosso guia muçulmano que nos deixasse neste lugar a sós porque queríamos orar como crentes.
A área do templo é uma bagunça — não foi restaurado como muitas outras partes do Éfeso antigo. Poucos turistas estavam por perto. Assim que cruzamos a divisa do templo próprio, o corpo da Doris ficou elétrico!
Por anos, Doris tinha um ministério de libertação, e , por isso ela desenvolveu uma sensibilidade acima dó normal para essas coisas. Não havia erro. "O poder está aqui ainda!" ela disse.
Nós achamos isto estranho, porque não parecia que o altar da Diana estava em uso para adoração ou sacrifícios ou tais coisas.
Somente mais tarde nós chegamos a crer que o ponto energético central provavelmente não esteja nas ruínas do templo, e sim, num lugar na vizinhança. Falaremos mais sobre isso adiante.
Quando nós oramos no trono de Satanás (o altar de Zeus) em Pérgamo, Doris não sentiu a mesma presença dos poderes das trevas. Talvez isso seja porque o altar já foi levado à Alemanha e reconstruído num museu de Pérgamo em Berlin. Hitler buscou esse altar a fim do poder oculto que ele usou para criar o terceiro Reich.
FONTE: CONFRONTANDO A RAINHA DOS CÉUS - C. PETER WAGNER
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