Recentemente o Pr. Renato Vargens publicou um texto entitulado: "Pode o crente em Jesus perder a Salvação?"
Minha resposta é não. Obviamente não. Aqueles por quem Cristo derramou seu sangue foram comprados, justificados e o poder da cruz não pode ser suplantando por nenhuma outra força deste ou de qualquer outro mundo.
Então, conforme minha resposta, posso ser embalado, rotulado e colocado na estante "calvinistas".
Ótimo. Nenhum problema com isso. Sentiria-me realmente ofendido se assim não fosse "rotulado". Serve também colocar na tarja: protestante/fundamentalista/fora-da-nova-visão-do-mundo-gospel.
Mas a questão vai muito mais além que apenas calvinismo ou arminianismo. Vai muito mais longe que predestinação e autodeterminação.
Charles H. Spurgeon, um calvinista, trouxe à luz algo muito mais importante: Regeneração.
Vou então refazer a pergunta do Pr. Renato Vargens.
"Pode um crente regenerado em Jesus perder a Salvação?"
Não. Para mim é muito claro que não. Alguém de mente regenrada peca, mas não volta atrás.
Os que pegam no arado e olham para trás, não são aptos.
Mas e quanto as advertências de Paulo quanto ao cuidado em não cair?
Entendo que Paulo se referia ao pecado. É apenas um pensamento e entendimento meu.
Tá.. e aí?
Nos comentários que li no texto do Pr. Renato Vargens publicado no blog Púlpito Cristão, vi que a indignação dos que rejeitam a Teologia da Graça, não se apoia em textos bíblicos, mas em posição política, ideólogica e social. Não se apoia na justiça de Deus, mas na suas próprias convicções de justiça.
Um leitor comentarista escreveu:
"O pior é que é um raciocínio circular, uma teoria impossível de refutar: "se perdeu a salvação, então nunca a teve realmente."
Veja, ele não citou uma "teoria impossível de refutar", mas (consciente ou não) uma explicação do apóstolo João que escreveu: "Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós." (1 Jo 2.19).
O entendimento deste rapaz é que a Palavra não é suficiente e definitiva, ela é parcial e amolda-se a mentalidade carnal do homem, e não o contrário. Assim, o que João escreveu foi algo "perverso", visando apenas nos deixar sem respostas e de cabeça baixa aceitar sua proposta maluca de salvação.
Um outro escreveu: "Pr Renato, relacionar as alianças de Deus com Abraão, Israel com a salvação em Cristo é um erro grosseiro."
Se esta pessoa ainda não conseguiu ver isso na Palavra, age tal qual os fariseus e saduceus que não viram em Cristo o Messias. Leram as escrituras e não as entenderam.
Alguém também citou o Pr. Ciro Zibordi. Excelente comentário. Isso mostra apenas que não é por não crer em predestinação que alguém se perde. Pois creio, de todo coração, pelo pouco que conheço o Pr. Ciro, ser ele um homem temente a Deus e servo do Altíssimo.
Mas maior crítica que vejo dos não calvinistas é seu temor de que pessoas que agem fora de seus padrões ou que eles considerem perdidas, possam ser salvas. Reproduzem a sua justiça em Deus. "Ora, não seria justo Deus salvar este e não este"... "quem Deus pensa que é para me salvar sem me consultar?"... "e se eu não quiser?"... "eu tenho direitos!"
Predestinação não é pré-requisito para salvação. Regeneração sim. Regenrados em Cristo não perdem a salvação, pois Ele mesmo é quem produz isso em nós.
Porque se achar mais santo. O assassino ao lado de Cristo na cruz era mais santo que algum de vós?
Sou spurgeonista por livre escolha. Calvinista por eleição. Salvo e regenerado mediante a Graça de Deus, algo que eu jamais alcançaria por mim mesmo. Mas, como escravo da Justiça e livre para o pecado, tenho a mente trasnformada. Certo, de que nem a morte nem mesmo essa vida pode me separar do amor de Cristo.
Ah.. e quanto aos arminianos que gostam de cantar esse texto de Paulo em canções... parem com a hipocrisia, vocês crêem que a morte, a vida, os principados, as forças do presente e do porvir, os poderes, as alturas e profundidades podem afastá-los do amor de Deus.
Ou não?
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