domingo, 24 de junho de 2012

O QUE FAZER ACERCA DA SÍRIA


Exclusivo: Joseph Farah vê genocídio de cristãos se o governo de Assad cair
Joseph Farah
Há uma coerência assustadora na política externa do governo de Obama.
Está sempre do lado errado.
Exemplo triste é o apoio dos EUA aos rebeldes da Síria.
Ora, não me entenda mal. Sempre fui um crítico firme de Bashar al-Assad e seu pai tirano antes dele. Mas, no Oriente Médio, a escolha é muitas vezes entre o ruim e o pior. E, o que é previsível, Barack Obama escolheu o pior ao ficar do lado dos rebeldes islâmicos radicais contra o ditador autoritário com abundantes erros pessoais.
Para os americanos, a principal preocupação deveria ser humanitária num conflito como esse. Embora a Síria seja um estado policial antissemítico e anti-Israel, o que inevitavelmente virá depois da queda de Assad fará com que o atual governo pareça um benevolente quadro de estabilidade em comparação.
A Síria abriga uma das maiores populações cristãs do Oriente Médio. Em grande parte isso se deve à crise de refugiados cristãos que foi provocada principalmente devido às turbulências no Iraque desde que os EUA interviram ali. Embora Assad seja um governante ruim, ele tem demonstrado tolerância para com as minorias religiosas, inclusive cristãs. Aliás, o próprio Assad, um Alawite, é parte de uma minoria religiosa.
Mas se o governo de Assad cair, a população cristã na Síria sofrerá um genocídio. Aliás, a rebelião que está se agravando já está custando caro para os cristãos sírios.

Isso me faz sofrer, pois sou descendente de cristãos que fugiram da Síria e do Líbano há muito tempo, quando radicais islâmicos ganharam mais e mais influência.
Os radicais islâmicos que formam a vanguarda dessa rebelião estão forçando os cristãos a fugir de seus lares enquanto avançam e intensificam sua luta para derrubar Assad.
Pelo menos 9.000 cristãos da cidade síria ocidental de Qusayr foram forçados a buscar refúgio depois do ultimato de um chefe militar local da oposição armada, Abdel Salam Harba, de acordo com reportagem da agência noticiosa Fides.
Na mais recente explosão de violência, um homem cristão foi morto a tiros por um franco-atirador em Qusayr, que é vizinha da cidade de Homs, que está em turbulências.
Há relatos de que algumas mesquitas da cidade anunciaram dos minaretes: “Os cristãos devem abandonar Qusayr dentro de seis dias”.
Dois padres católicos que fugiram de Qusayr confirmaram para a agência noticiosa que ouviram o ultimato “com os próprios ouvidos” repetido dos minaretes.
“A situação é insustentável na região e exposta à total desordem legal”, fontes da Fides no local dizem. Eles também temem que o destino dos cristãos em Qusayr possa afetar os 10.000 crentes que vivem em outras vilas na região.
As regiões controladas pela oposição estão testemunhando o surgimento de formas radicais do islamismo sunita com extremistas que não estão dispostos a viver em paz com os cristãos. Muitas dessas gangues e grupos armados operam de forma independente do Exército Sírio Livre, que oficialmente rejeita tais tipos de discriminação contra as minorias.
Duas gerações do governo de Assad têm garantido um governo secular na Síria, protegendo os cristãos de discriminação e garantindo seus direitos.
Na semana passada, um grupo armado arrombou e profanou a igreja católica grega de Santo Elias em Qusayr.
“É a primeira vez no conflito em andamento que tal episódio ocorreu, em que símbolos sagrados foram deliberadamente atingidos”, uma fonte local disse para Fides.
Uns 2 milhões de cristãos compõem cerca de 10 por cento da população da Síria com a maioria pertencendo à denominação da Igreja Ortodoxa Grega de Antioquia.
O caos e a violência sectária na Síria pós-Assad “será confessional [religiosa], e guerra no nome de Deus é muito pior do que guerra política”, o patriarca José III Yonan avisou em outubro passado, apenas sete meses durante a rebelião. “E isso é o que tememos”.
Uma situação semelhante já se desenrolou no Iraque, onde a violência fez com que mais da metade do 1 milhão e meio de cristãos iraquianos fugisse desde o começo da invasão liderada pelos EUA em 2003. Mais de 70 igrejas sofreram ataques a bomba no Iraque durante os oito anos passados, muitas desses ataques sendo feitos por insurgentes da al-Qaida. Um dos incidentes mais sérios ocorreu em outubro de 2010, o chamado Massacre do Domingo Negro, quando terroristas abriram fogo numa missa na Igreja Católica Caldeia de Nossa Senhora do Livramento, matando 53 cristãos assírios.
Depois da queda de Hosni Mubarak no Egito, cerca de 10.000 cristãos foram forçados a abandonar tudo. O problema é que os cristãos não têm nenhum lugar para ir no Oriente Médio. Embora a Jordânia seja ainda hospitaleira, poderá logo ser o próximo dominó a cair para a revolução da Irmandade Muçulmana que está varrendo a região — com o apoio do governo de Obama.
É isso o que a América cristã quer ver?
O intervencionismo no Oriente Médio é muitas vezes uma ideia ruim. Mas é pior quando os EUA intervêm do lado errado.
Traduzido por Julio Severo do artigo de WND: What to do about Syria

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