Onze anos depois, o ex-governador do Distrito Federal, José Roberto
Arruda foi condenado porja ter violado o painel do Senado no processo de cassação
do ex-senador Luiz Estevão. Além de Arruda, foram condenados também os
servidores do Centro de Processamento do Senado (Prodasen) envolvidos na
violação, entre eles a ex-diretora do órgão Regina Célia Peres Borges. O
ex-senador Antonio Carlos Magalhães, morto em 2007, era também réu no processo.
Nota do responsável pelo blog: "Tinha que ser 11 (onze) anos depois e no dia do maçon. Alguém tem dúvida que existe uma assinatura maçônica neste fato noticiado hoje?"
Veja artigo da revista Época sobre Arruda e a crise na maçonaria aqui
O juiz
Alexandre Vidigal de Oliveira, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região
(TRF-1) considerou que Arruda, que era então senador pelo PSDB do Distrito
Federal e líder do governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso,
praticou crime de improbidade administrativa ao violar o painel do Senado para
saber como seus colegas haviam votado na cassação de Luiz Estevão. O juiz
determinou que Arruda fique com os direitos políticos suspensos por cinco anos
e proibido de ter contratos com o poder público ou receber benefícios deles.
Mais do que isso, Arruda terá que pagar uma multa equivalente a cem salários de
senador (valores da época da cassação de Estevão). Considerando os valores de
hoje – um senador recebe R$ 26,7 mil, o teto do funcionalismo -, a multa
ficaria em torno de R$ 2,7 milhões.
Quando o
escândalo da violação do painel eclodiu, Arruda, primeiramente mentiu ao negar
participação no caso. Depois, confessou o ato e renunciou de seu mandato para
não ser cassado. Mais tarde, Arruda retornou à política, primeiro elegendo-se
deputado federal, pelo PFL. Em seguida, tornou-se governador. E acabou
envolvido em outro escândalo, quando seu ex-secretário de Relações
Institucionais, Durval Barbosa, denunciou a existência de um esquema de
pagamento de suborno a políticos em troca de apoio. Durval gravou vários vídeos
de políticos – inclusive o próprio Arruda – pegando dinheiro.
O ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda deixa a superintendência da Polícia Federal abraçado com sua esposa, Flávia Arruda, no banco de trás de uma pickup (Foto: José Cruz/ABr)
Acusado de tentar subornar uma testemunha do caso, o jornalista Edmilson dos Santos,
conhecido como Sombra, Arruda acabou preso por dois meses, sendo afastado
depois do governo do DF. O processo do mensalão do DEM em Brasília corre no
Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Os advogados
de Arruda informaram que recorrerão da condenação pela violação do painel. Eles
alegam que Arruda não tinha ingerência sobre os servidores do Prodasen para
ordenar a violação do painel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário é importante! Através dele terei oportunidade de aprender mais! Muito obrigado!