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Na terça-feira (21), em uma área isolada
da cidade, a polícia de Faisalabad encontrou o corpo do cristão Suneel Masih,
de 14 anos, terrivelmente mutilado. O menino era órfão e havia desaparecido
dois dias antes.
Ainda chocado com a ferocidade dos
assassinos, um policial, sobre a condição de anonimato, confidenciou para a
agência de notícias AsiaNews: "É a primeira vez que vejo um assassinato
como esse". O corpo foi encontrado em estado deplorável, sem alguns órgãos
internos e externos, que foram tomados, provavelmente, para serem vendidos no
mercado negro. Seu rosto estava irreconhecível.
O funeral de Suneel realizou-se na
quarta-feira (22), com a presença de alguns líderes e políticos locais. Uma
marcha de protesto se estendeu pelas ruas de Faisalabad; pessoas repetidamente
exigiam "justiça" para o caso do menino.
De acordo com algumas testemunhas, em 19
de agosto, Suneel - estudante da 5ª série - foi a uma loja no Mercado da
Liberdade comprar uma camisa. Naquela noite, o rapaz não voltou para casa. Nos
primeiros dias, a família realizou uma busca desesperada e seu desaparecimento
foi reportado à polícia. Dois dias depois (em 21 de agosto), a polícia
encontrou o menino já morto.
Diante dos acontecimentos, a comunidade
cristã está em choque e clama por justiça, talvez em vão, já que, até agora, a
polícia sequer abriu uma investigação formal. O líder religioso Nisar Barkat
falou à AsiaNews sobre a urgência do caso e apelou pela aplicação da lei, para
que o governo leve os responsáveis à justiça "o quanto antes".
“A comunidade cristã”, acrescenta
Barkat, “se sente insegura e não consegue parar de pensar sobre este caso
horrível. Hindus e cristãos vivem com medo". O cristão Joel Aamir Sohotra
afirmou que "este crime representa uma séria reflexão, porque não estamos
apenas diante do assassinato de um menino cristão, mas a liberdade de todas as
minorias está ameaçada."
O advogado cristão Kamal Chughtai
confirma que nunca viu "uma coisa assim, com este nível de crueldade” em
toda a sua vida. Ele condena fortemente esta "atrocidade" e solicita
a imediata detenção dos culpados. Segundo ele, se os assassinos não forem
responsabilizados e punidos em dois dias, como prometido pela polícia, todos os
cristãos na cidade devem tomar as ruas para exigir justiça.
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