terça-feira, 13 de dezembro de 2011

ESTADOS COMEÇAM A PROIBIR USO DE JALECO NAS RUAS

O presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso (Coren-MT), Vicente Pereira Guimarães, condenou a utilização do jaleco fora dos ambientes hospitalares e dos consultórios. Segundo ele, em uso nos locais recomendados o “EPI” (Equipamento de Proteção Individual) – como a vestimenta é classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) – resguarda tanto o profissional da Saúde quanto os pacientes internados.
O uso indiscriminado do jaleco favorece a disseminação de infecções quando o profissional o leva, vestido, para fora do hospital ou faz o caminho inverso. É uma utilização inadequada”. Vicente Guimarães citou normas editadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), específicas em relação aos cuidados para se evitar a infecção hospitalar, e mencionou leis já criadas em outros Estados.
Ele também disponibilizou o Coren-MT para colaborar com o vice-líder do Governo do Estado na Assembleia Legislativa, deputado Wagner Ramos (PR), na reedição do Projeto de Lei nº 178/2009. “É importante que tenhamos em Mato Grosso uma lei nesse sentido, que contemple integralmente nossas necessidades”.
Para a presidente do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CMR-MT), Dalva Alves das Neves, o caso envolve questão cultural e poderia ser resolvido por meio da Educação Médica Continuada dos conselhos de categoria. Mas observou: “Meus funcionários só utilizam o jaleco no consultório”. Segundo a gerente de Fiscalização do Exercício Profissional, do Coren-MT, Flaviana Alves, o conselho tem orientado sobre o uso dos EPIs e indicado que os enfermeiros participem ativamente das comissões internas dos hospitais e que tratam da infecção hospitalar.

“Temos o Decreto nº 94.406 que se refere ao exercício profissional da Enfermagem, mas uma nova versão do Projeto nº 178/2009 virá ao encontro das nossas necessidades em Mato Grosso, enquanto órgão fiscalizador”, completou a gerente. “Essas abordagens – técnicas e abalizadas – nos mostram o caminho exato a seguir”, disse Wagner Ramos.

Em entrevista ao portal mineiro de notícias “Uai”, o professor do Instituto de Microbiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Marco Antônio Lemos Miguel, garantiu que o risco de contaminação pelo “mau hábito” existe. Estudo feito por ele revelou que alguns tipos de bactérias se mantêm por até dois meses no jaleco e, pelos menos, 90% delas resistem no tecido durante 12 horas.
Os Estados do Maranhão, Paraná, São Paulo (com aprovação em junho) e Rio de Janeiro, além de cidades como Belo Horizonte já possuem leis específicas sobre o assunto. A propagação em unidades hospitalares de 13 Estados da super bactéria KPC (Klebsiella Pneumoniae Carbapenemases), resistente a quase todos os antibióticos disponíveis, fez Juiz de Fora também começar a discutir proposta semelhante.
A atribuição de fiscalizar o mau uso do jaleco é do Ministério do Trabalho. O Ministério da Saúde, por sua vez, tem a Norma Regulamentadora nº 32: “Os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e as vestimentas utilizadas em suas atividades laborais”.

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1999 - Um fotógrafo que fez a cobertura de uma intervenção cirúrgica para corrigir um problema de espinha bífida realizada no interior do útero materno num feto de apenas 21 semanas de gestação, numa autêntica proeza médica, nunca imaginou que a sua máquina fotográfica registaria talvez o mais eloquente grito a favor da vida conhecido até hoje.

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Assim sendo, não há que se falar em difamação, crime contra a honra de quem quer que seja, ressaltando-se, inclusive, que tais discussões não estão voltadas para a pessoa, mas para idéias e doutrinas.

Fonte:www.apocalink.blogspot.com