quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

NOTA DE ESCLARECIMENTO/SUPERBACTÉRIA

Comissão de Controle e Infecção Hospitalar
Presidente: Dr. Klifer Braum

CCIH-HCAL/Sesa

A Comissão de Controle de Infecção do Hospital de Clínicas Alberto Lima (HCAL) vem por meio deste emitir nota sobre o surgimento de "superbactérias" em seus serviços de saúde. Inicialmente cabe aqui salientar que este termo "superbactérias" foi veiculado na mídia internacional após a descoberta de uma bactéria específica, intitulada Klebsiela pneumoniae, produtora de carbapenases (KPC), bactéria esta que como próprio nome indica, é produtora de enzimas (carbapenases) capazes de as tornarem resistentes aos carbapenêmicos, considerados como a última linha de antibióticos a serem usados em situações de infecção bacteriana, tornando-as assim bactérias resistentes.
Desta monta as mesmas foram intituladas como "superbactérias", título que acaba por gerar interpretações inadvertidas acerca do assunto, já que induz a interpretação de que tal bactéria, pelo fato de ser "super", seria capaz de resistir ao uso de qualquer antimicrobiano já produzido pela ciência, e de que se espalharia pela comunidade causando surtos de infecção generalizada, o que é uma inverdade.
Sabe-se hoje que estas bactérias resistentes são presentes em Unidades de Terapia Intensiva e em pacientes gravemente enfermos, geralmente submetidos a ventilação mecânica e a longos períodos de internação em UTI's. Atualmente, estes microorganismos vêm se tornando cada vez mais frequentes nestas unidades em virtude principalmente do uso indiscriminado de antimicrobianos, que acaba por selecionar as bactérias resistentes e a promover a transmissão da resistência às demais por via genética.
Ao redor do país ainda não existe um diagnóstico sobre a expansão da contaminação pela KPC. Os registros oficiais ainda estão restritos ao Distrito Federal, com 183 casos e 18 mortes, e aos estados do Paraná, com 24 casos; da Paraíba, com 18; do Espírito Santo, com três; de Minas Gerais, com 12; de Santa Catarina, com três; de Goiás, com quatro; e de São Paulo, com 70 casos e 24 mortes. Os dados são da Anvisa e das Secretarias Estaduais de Saúde.
Vale salientar que no HCAL ainda não foram encontrados casos de infecção por KPC até o presente momento, de acordo com dados do Laboratório Central (Lacen). Entretanto, alguns casos isolados de infecção por outras bactérias intituladas Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter baumannii vêm ocorrendo na UTI do hospital, acometendo pacientes do mesmo perfil acometido pelas KPCs (pacientes gravemente enfermos, de longo período de internação submetidos a ventilação mecânica), sendo algumas destas também resistentes aos carbapenemicos, porém, com tratamento padronizado com outros antimicrobianos já bem documentado na pratica clínica dos hospitais pelo Brasil e mundo, que inclui o uso da Polimixina B como antimicrobiano de escolha, e que é padronizado para uso nestas ocasiões no HCAL.
É importante frisar que inúmeras medidas de profilaxia e contensão da ocorrência destas infecções vêm sendo tomadas por esta comissão, dentre elas cita-se: a prática correta da higienização das mãos, o uso de EPIs, o descarte correto de materiais pérfuro-cortantes, a sensibilização dos funcionários e visitantes por meio da educação continuada por meio de palestras acerca do controle de infecção hospitalar, as precauções de contato, cuidado com roupas, a adoção de medidas de contenção, orientação para a diminuição do tempo de internação em UTIs e do uso de ventilação mecânica, padronização do programa do uso racional de antimicrobianos, entre outras.
Portanto, conforme o exposto, esta comissão busca informar e desalarmar a população acerca deste assunto, que se tornou comum nas últimas semanas e tem sido foco de diversas interpretações, muitas vezes equivocadas acerca do mesmo.
Sem mais
Comissão de Controle e Infecção Hospitalar
Presidente: Dr. Klifer Braum
CCIH-HCAL/Sesa
Macapá, 12 de dezembro de 2011

FONTE: AGÊNCIA AMAPA
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