A assim chamada "Igreja Católica Romana" insiste em que a
"comunhão" não é apenas um sacramento que confere graça ao
comungante, mas também sacrifício real a Deus, em que Cristo, como sacerdote,
oferece o Seu próprio corpo e sangue.
As palavras
de Mateus 26:26 -28 e de 1 Coríntios 11:23-26,
particularmente as palavras: "Este
é o Meu corpo" e "Este
é o Meu Sangue", parecem muito simples e fáceis de se entender.
Mas o fato é que elas, provavelmente, já causaram mais divisão dentro da Igreja
Cristã do que quaisquer outras.
Por causa dessa doutrina milhares de cristãos foram mortos na Inglaterra,
no século XVI, durante o reinado da sanguinolenta "Bloody Mary", sem falar nos milhões que foram assassinados, em todas as
épocas, pelos papas do Catolicismo Romano.
De fato, não
foi senão em 380 d.C. que a doutrina da "transubstanciação" apareceu,
e, até então, as idéias a respeito da mesma eram vagas e
contraditórias.
A palavra "transubstanciação"
não era comumente usada, até 830 d.C. e, mesmo depois dessa data, ela ainda
permanecia em debate. Foi promulgada pelo Papa Inocêncio III, em 1215 d.C., e
foi transformada em artigo de fé, em 1551 d.C. pelo Concílio de Trento, 1545-63
d.C. que anatemizou todos quantos a rejeitassem ou dela duvidassem.
Convém esclarecer que o Papa Inocêncio III, (1198 a 1216 d.C.), um dos
mais poderosos da história da Igreja Romana, tendo assassinado milhares de
inocentes, que eram visto como "hereges", declarou-se
"Vigário de Cristo, Vigário de Deus, Soberano Supremo da Igreja e do
mundo" com o direito de depor reis e príncipes afirmando que
"todas as coisas na terra, no céu e no inferno estão sujeitas ao vigário
de Cristo".
Nunca na
história, até a chegada da Reforma Protestante, um homem exerceu
maior autoridade do que ele! de decretar a herética transubstanciação, ordenou
duas cruzadas, proibiu a leitura da BÍBLIA SAGRADA no vernáculo, ordenou o
extermínio de todos os "Hereges", instituiu a "Santa
Inquisição" ou "Santo Ofício" -- Hoje "Sagrada
Congregação para a Doutrina da fé" -- e mandou massacrar os albigenses,
tendo dito que a cruzada contra esses santos "havia sido a coroação
dos seus objetivos como papa".
Mais sangue foi derramado durante o seu pontificado e dos seus imediatos
sucessores do que em qualquer outro período da história da Igreja de Roma,
exceto no esforço de esmagar a Reforma Protestante, nos séculos XVI e XVII.
Dir-se-ia que NERO, o monstruoso imperador romano, que mandou incendiar
Roma para incriminar os cristãos, e decretou a morte do apostolo Paulo, poderia
se assemelhar a um cordeiro, diante desse lobo voraz, Papa Inocêncio III.
VEJAMOS O QUE DIZ O CONCÍLIO DE
TRENTO:
Sessão XIII, outubro de 1515 - capítulo 4.Sobre a Transubstanciação:
Visto que Cristo, nosso Redentor, disse
que o que Ele ofereceu sob aparência de pão era realmente seu corpo, sempre foi
mantido na Igreja de Deus e este santo sínodo agora declara de novo que, pela
consagração do vinho na substância de Seu sangue. E esta conversão é pela santa
Igreja Católica convenientemente e com propriedade chamada
transubstanciação".
Capítulo 5. Culto e veneração da Santa Eucaristia
E assim não se deixa lugar á dúvida de
que todos os fiéis de Cristo devem em sua veneração demonstrar a este
santíssimo sacramento o culto completo de adoração (latriae cultum) que é
devido ao verdadeiro Deus, em concordância com o costume sempre aceito na
Igreja Católica. E não deve ser menos adorado porque foi instituído por
Cristo Senhor para que pudesse ser tomado e comido"
Cânones sobre a Santa Eucaristia
Mansi, XXXIII 84 Cx. Denzinger, 883 ss.
"3. Sobre a Eucaristia. Se
alguém negar que no venerável Sacramento da Eucaristia todo o Cristo está
contido debaixo de cada parte separada de cada espécie - seja anátema".
"9. Se alguém negar que cada um e todos os fiéis de Cristo, de
ambos os sexos, tendo chegado aos anos de uso da razão, são obrigados a comungar,
pelo menos uma vez por ano, no tempo da páscoa, em concordância com o preceito
da Santa Madre Igreja -- seja anátema.
A Igreja
Romana pretende basear sua doutrina herética nas Sagradas Escrituras, Vejamos João 6 48-58.
Nesta passagem há oito referências à expressão da palavra Comer, e a palavra
carne é repetida cinco vezes dos lábios do próprio Senhor Jesus Cristo.
Porém, negamos inteiramente que elas constituam a profecia da eucaristia
da Igreja Romana.
Contra a interpretação católica romana desta passagem. lembremo-nos de
que as palavras do Senhor, ditas nos primeiros versículos do mesmo capítulo 6
de João, são exatamente as que fazem parte da mesma controvérsia entre Jesus e
os judeus, que desejam fazer Jesus repetir o primeiro milagre da multiplicação
dos pães e dos peixes, de modo que pudessem ter outra refeição.
Verifiquemos,
especificamente João 6 29,
35-37, 40,44,45,47. Nestas passagens temos as palavras crer ou vir empregadas
nove vezes. O comer a carne e o beber o sangue significa, no pensamento de Jesus,
a posse da vida eterna.
A consequência do crer ou vir, nas últimas passagens citadas é também a
posse da vida, o comer a carne e o beber o sangue do Filho do Homem. portanto,
equivalem a vir a Jesus, e a crer nEle.
Em sua falta
de compreensão espiritual, os judeus não entenderam as palavras de Jesus e
ficaram cheios de escrúpulos e perguntavam-se: "como pode Este, dar-nos a
comer a Sua própria carne"? (João 6 52).
Se tomadas literalmente. As palavras de Jesus levaram os judeus a
encher-se de escrúpulos com justa razão, pois o comer a carne e o beber o
sangue do filho do homem, seria puro canibalismo!
Alguns dos
discípulos do Senhor também ficaram escandalizados com essas palavras e
disseram: "duro é este discurso! Quem o pode ouvir?" (João 660).
Porém o
Senhor deu Sua declaração clara explicando àqueles que desejavam recebê-lo,
como o fez com as Suas parábolas, em Mateus
13 Jesus disse aos discípulos: "As palavras que eu vos
tenho dito são espirituais e são vida" (V. 63).
As palavras de Pedro, ditas em seu nome e no dos demais apóstolos,
mostram que eles interpretaram corretamente o SENTIDO das palavras de Jesus,
como significando vir ao Senhor e crer nEle, pois o apóstolo Pedro disse:
"...Senhor, para quem IREMOS NÓS ? Tu tens a palavra da vida eterna. E nós
temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus!"( Vs. 68-69).
O que Jesus
buscou esclarecer com as palavras ditas em João 6 57?:
"Assim como o Pai, que vive, Me enviou, e igualmente Eu vivo pelo Pai,
também quem de mim se alimenta por mim viverá". Como é que Jesus
"vive pelo Pai"? Vive como o Verbo encarnado pela fé, no Pai e
na sua palavra.
A primeira coisa que precisamos notar, nestas passagens, é que as
palavras "abençoar" e "dar graças" é a tradução da palavra
grega "eulogein", que significa louvar. O dar graças e o abençoar ou
louvar foram dirigidos a Deus!
A Igreja Romana, porém, sustenta que o pão e o vinho são abençoados e
que, por meio dessa bênção, são transformados em alguma coisa diferente: CORPO
E SANGUE.
Entretanto, a
linguagem empregada nos textos citados não conduz a esta conclusão! Era
ação de graças e louvor REDIMIDOS A DEUS, exatamente como o Senhor Jesus Cristo
fez, quando alimentou a multidão, dando graças pelos pães e pelos peixes (João 611).
A seguir, o que nos chama à atenção são as palavras de Jesus, depois da
ação de graças: "isto é o Meu corpo... isto é o Meu sangue, o sangue da
aliança".
Raciocinemos: poderia Jesus dizer que em Suas mãos estavam o Seu próprio
corpo e sangue, quando ainda estava VIVO NO MEIO DOS DISCÍPULOS, habitando o
mesmo corpo com o qual nascera de Maria e com o qual andara e ainda estava
andando na companhia dos discípulos?
Tal pensamento propalado pela Igreja Romana para assegurar a
doutrina da transubstanciação fere frontalmente a inteligência das pessoas
sensatas! Muitas vezes, nas Sagradas Escrituras encontramos a mesma construção
gramatical, onde o verbo ser é usado com o sentido de representar, e nessas
passagens não pode ter outro significado, senão vejamos:
As sete belas vacas SÃO (representam)
sete anos e as sete belas espigas, igualmente (SERÃO) sete anos..."(Gênesis
49:9-14).
Lâmpada para os meus pés É a Tua palavra
e luz, para os meus caminhos"(Salmos
119:105).
"O campo é o mundo; a boa semente SÃO os filhos do reino; o joio SÃO os
filhos do maligno; o inimigo que semeou é o diabo; a ceifa É a consumação do
século, e os ceifeiros SÃO os anjos" (Mateus
13 39-39).
Geralmente empregamos a mesma liguagem em nossos dias. Olhando, por
exemplo, a planta de uma casa dizemos: "Isto é a sala de jantar e aquilo é
a cozinha". Ou quando olhamos uma fotografia dizemos: "Esta é
fulana e aquele é beltrano".
Quando assim falamos, estamos usando exatamente a linguagem de Jesus,
quando tomou o pão e o vinho. Na realidade, Ele não falou do vinho mas do
CÁLICE, quando disse: "Isto é o meu sangue, o sangue da
aliança".
Outra coisa que chama a nossa atenção é o fato de que Jesus, após ter
abençoado o vinho, o tenha chamado de "o fruto da videira".
Vejamos as passagens, na Bíblia Sagrada:
"E digo-vos que, desta hora em diante, não
bebereis deste fruto da videira, até aquele dia em que hei de beber, novo, no
reino de meu Pai" (Mateus 26:29). "Em verdade vos digo que jamais beberei do
fruto da videira, até àquele dia em que o hei de beber, novo, no reino de Deus"
(Mateus 14:25). "Pois vos digo que, de agora em diante, não
mais beberei do fruto da videira, até que venha o reino de Deus" (Lucas 22:18).
Isso
demonstra claramente que a substância do vinho NÃO HAVIA MUDADO! Paulo
age do mesmo modo, quando chama os elementos da Ceia de pão e vinho: Porque todas as vezes que comerdes este pão
e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor até que Ele venha".
(1 Coríntios 11:26).
As narrativas
da instituição da "Ceia do Senhor" nos Evangelhos e na Carta de Paulo
aos Coríntios, tornam claro que Jesus falou em
sentido figurado, quando disse: "Este é o cálice da nova aliança no Meu
sangue..." (Lucas 22:20).
E Paulo cita
Jesus dizendo: "Este cálice é a nova
aliança no Meu sangue; fazei isto todas as vezes que o beberdes, em memória de
Mim" (1 Coríntios 11:25).
Nestas palavras Ele usou dupla figura de linguagem. O cálice representa o vinho e o vinho é
chamado de nova aliança.
O cálice não era literalmente a nova aliança, embora ficasse definitivamente declarado, como o pão
foi declarado ser o seu corpo. Eles não beberam o
cálice literalmente, como também não beberam literalmente a
nova aliança! Como é ridículo dizer que eles o fizeram!
O Seu corpo
também não foi o pão literal, nem o vinho, seu sangue literal. Como já
dissemos, depois de dar o vinho aos discípulos Jesus disse: "Pois vos digo que, de agora em diante, não
mais beberei do fruto da videira, até que venha o reino de Deus" (Lucas 22:18).
Assim o vinho, mesmo que dele Jesus tenha tomado e depois dado aos Seus
discípulos, continuou sendo o fruto da videira! Nenhuma alteração houve nos elementos. Isso
aconteceu depois da oração de consagração, quando a Igreja Romana supõe e
ensina que aconteceu a alteração, mesmo tendo Jesus e Paulo declarado que os
elementos continuaram sendo pão e vinho.
Na verdade, como poderiam as palavras de Cristo: "Este é o Meu corpo e este é o Meu sangue"
ser aceita no sentido literal? Voltamos a enfatizar que na ocasião em que
estas palavras foram ditas, o pão e o vinho estavam sobre a mesa, diante dEle,
e Ele estava assentado à mesa em Seu corpo, como qualquer pessoa viva! A crucificação ainda não havia acontecido!
Eles comeram a Ceia do Senhor, antes da crucificação.
Além disso, não podemos fazer algo em memória de
alguém que está presente, como a Igreja Católica faz, dizendo
que Cristo está presente na missa. Mas no futuro, quando estivesse ausente,
estas coisas poderiam simbolizar o Seu corpo partido
e o Seu sangue derramado.
Seus
discípulos poderiam, então, relembrar o Seu sacrifício e o pão e o vinho poderiam ser tomados "em memória" dEle (1 Coríntios 11:25).
As palavras de Jesus "fazei
isto...em memória de Mim" mostram que a Ceia do Senhor não foi um tipo
de operação mágica, mas exclusivamente um memorial ! E com que
finalidade? Com o objetivo de convocar todos os cristãos, através dos
séculos, a que se lembrassem da crucificação do Senhor e de todos os benefícios dela provenientes!
Um memorial não apresenta a realidade, como no
caso de serem o pão e o vinho o seu verdadeiro corpo e sangue, mas uma coisa
totalmente diferente, que serve apenas como lembrança da coisa real. Esta é a
lógica! É perfeitamente óbvio a qualquer leitor observador inteligente
que a Ceia do Senhor foi especialmente estabelecida como uma simples festa
memorial. De maneira alguma como uma "reencarnação" de Cristo!
Comer e beber
carne e sangue humano é coisa repulsiva e abominável a Deus, e também a
qualquer pessoa mentalmente são, especialmente aos judeus. Essa prática é
contrária às Escrituras e ao senso comum. "Qualquer homem da casa de
Israel ou dos estrangeiros que peregrinam entre vós que comer algum sangue,
contra ele me voltarei e o eliminarei do seu povo" (Levíticos 17.10). "Tão
somente o sangue não comerás... (Deuteronômio 12:16).
Na lei
judaica havia severa penalidade contra quem comesse sangue. Na visão de Pedro (Atos dos
Apóstolos 10), quando ele recebeu ordem de levantar-se, matar e
comer, ele protestou imediatamente, dizendo que nunca comera coisa imunda. Um
pouco mais tarde, o Concílio de Jerusalém, legislando para a dispensação
cristã, ratificou a proibição de se comer sangue: "Que vos abstenhais das
coisas sacrificadas a ídolos, bem como do sangue, da carne de animais sufocados
e das relações sexuais ilícitas; destas coisas fareis bem de vos guardardes.
Saúde" (Atos dos
Apóstolos 15:29).
É impossível
crer que, quando os apóstolos estabeleceram a lei de Deus, eles mesmos
participassem, não apenas de sangue de animal, mas principalmente de sangue
humano -- o que seria o caso se na Ceia do Senhor, eles comessem regularmente a
carne e o sangue literais de Cristo! Que fale mais alto o bom senso! Que
os queridos e sinceros católicos sejam despertados do seu sono...(Efésios
5:14).
{mospagebreak title=Transubstanciação - Uma Vergonhosa
Falsificação}
“TRANSUBSTANCIAÇÃO”
UMA VERGONHOSA FALSIFICAÇÃO
A Igreja Romana sustenta que a "transubstanciação" é o maior
de todos os milagres! A evidência de toda palavra de Deus e de toda experiência
prática demonstra que a chamada "transubstanciação" não é um milagre,
PORÉM UMA VERGONHOSA FALSIFICAÇÃO!
O Senhor Jesus, quando viveu entre os homens, realizando o Seu
ministério terreno, operou muitos milagres e todos eles traziam consigo sua
própria evidência.
O cego viu, o coxo andou, os mortos ressuscitaram, os pães foram
multiplicados diante de milhares de testemunhas oculares que comeram o pão
multiplicado, saciando sua fome. A ressurreição de Jesus foi poderoso milagre,
tão poderoso que mesmo os que O conheciam bem, ficaram em dúvida a princípio.
Como foi que Jesus dissipou suas dúvidas? O Senhor disse:
"Vede as
Minhas mãos e os Meus pés, que sou Eu mesmo; apalpai-me e verificai, porque um
espírito não tem carne nem ossos, como vedes que Eu tenho" (Lucas
24:39).
Para o
incrédulo Tomé, o Senhor disse: "Põe
aqui o dedo, e vê as Minhas mãos. Chega também tua mão e põe-na no Meu lado;
não sejas incrédulo, mas crente" (João 20:27).
O Senhor Jesus Cristo instou com os seus discípulos para que
exercitassem sua capacidade de critica, a fim de provar a realidade da
ressurreição!
A Igreja Romana, entretanto, não age assim em relação às suas doutrinas,
como no caso da "transubstanciação"! Ainda que o pão e o vinho, após
devidamente abençoados pelo sacerdote, conservem sua aparência, sua forma, seu
gosto, seu cheiro, seu peso e sua cor e, ainda que as qualidades aprendidas
pelos sentidos sejam as mesmas que eram antes da consagração, os católicos
romanos são obrigados a rejeitar toda a verdade racional dos seus sentidos ou
ser anatemizados!
Segundo a
Igreja Romana, aquilo que os sentidos aprendem depois da consagração do pão e
do vinho, na eucaristia, são os acidentes! Quando Jesus transformou a
água em vinho, em Caná da Galiléia, as características da água desapareceram,
PORQUE A ÁGUA DEIXOU DE EXISTIR, conforme João 2:9-10. Esse episódio é bastante claro à
nossa inteligência!
Que o sacrifício de Cristo no calvário foi completo, como oferta única,
e que jamais deveria ser repetido, está claramente expresso em Hebreus capítulo 7, 9,10. Senão vejamos:
Que não tem
necessidade, como os sumos-sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios,
primeiro, pelos pecados próprios depois, pelos do povo; porque isto fez de UMA
SÓ VEZ POR TODAS quando a si mesmo se ofereceu"(Hebreus 7:27).
"Não por meio de sangue de
bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos,
UMA VEZ POR TODAS, tendo obtido eterna redenção (9:12).
"Com efeito, quase todas as
coisas, segundo a Lei, se purifica com sangue; e, SEM DERRAMAMENTO DE SANGUE
NÃO HÁ REMISSÃO. Era necessário, portanto, que as figuras das coisas que se
acham nos céus se purificassem com tais sacrifícios a eles superiores. Porque
Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figuras do verdadeiro, porém no
mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus; nem ainda para se
oferecer a si mesmo muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no Santo
dos Santos com sangue alheio.
"Ora, neste caso, seria
necessário que Ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo;
agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou UMA VEZ POR TODAS, para
aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado".
"E, assim como aos homens
está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disto, o juízo, assim também
Cristo, tendo se oferecido UMA VEZ PARA SEMPRE para tirar os pecados de muitos,
aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação"
(9:22 -28).
"Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta do
corpo de Jesus Cristo, UMA VEZ POR TODAS. Ora, todo sacerdote se apresenta, dia
após dia, a exercer o serviço sagrado e a oferecer muitas vezes os mesmos
sacrifícios, QUE NUNCA JAMAIS PODEM REMOVER PECADOS”.
"Jesus,
porém, tendo oferecido, PARASEMPRE, um ÚNICO SACRIFÍCIO PELOS PECADOS,
assentou-Se à destra de Deus, aguardando, daí em diante, até que os Seus
inimigos sejam postos por estrado dos Seus pés. Porque, COM UMA ÚNICA OFERTA,
aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados". (Hebreus 10:10-14).
Observem que nesses versículos aparece a declaração "uma vez por todas" (Heb. 10:10),
contendendo a idéia de inteireza ou finalidade, que impossibilita a repetição.
Isso está mais do que claro! A obra de Cristo na Cruz foi completa,
perfeita e definitiva! Ela constituiu um acontecimento histórico que jamais foi
repetido e que realmente não pode e jamais poderá ser repetido! A linguagem é
perfeitamente clara:
Cristo
ofereceu "um único sacrifício pelos pecados..."(Hebreus
10:12). Paulo diz: "Sabedores de que, havendo Cristo
ressuscitado dentre os mortos, JÁ NÃO MORRE; a morte já não tem domínio sobre
ele" (Romanos
6:9), e o escritor de Hebreus diz que "...com uma única oferta
aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados..." (10:14).
Os versículos que acabamos de citar contradizem completamente tudo que a
Igreja Romana tem a dizer sobre a missa. Graças a Deus podemos olhar para trás,
a fim de ver o que o Senhor Jesus fez no Calvário e saber que Ele completou o
sacrifício pelos pecados, uma vez por todas, e que a nossa salvação não depende
do capricho ou decreto arbitrário de qualquer sacerdote ou igreja!
Qualquer presunção de uma oferta contínua pelo pecado é mais do que
inútil, pois é uma negação da eficácia do sacrifício expiatório de Cristo no
Calvário!
Pregado na
cruz, e antes de render o espírito a Deus, Jesus exclamou: "TUDO está
consumado!" (João
19:30). Isso em virtude de ter sido consumada a Sua obra
propiciatória, quando o Seu cadáver foi tirado da cruz e colocado na sepultura.
Contudo, Ele não está na sepultura agora! Ao terceiro dia ressurgiu dos
mortos e hoje está à mão direita de Deus Pai, apresentando o Seu sacrifício
Perfeito e completo, em favor de todos quantos nEle confiam! Cristo não precisa
de "missas" para suplementar a obra que já concluiu!
Alegar que o chamado "sacrifício da missa" serve de ajuda aos
que estão no "PURGATÓRIO" é agir com falsidade. Esta é outra balela
inventada pela Igreja Romana, que no século VI recebeu essa doutrina de forma
convencional, das mãos do papa Gregório I, o grande, (590-604 d.C.). Doutrina
essa que foi proclamada como artigo de fé em 1439, pelo Concílio de Florença e
mais tarde confirmada pelo Concílio de Trento, em 1548.
{mospagebreak title=Santa Missa - Uma Oferta De Sacrifício Para A
Salvação?}
SANTA MISSA -
UMA OFERTA DE SACRIFÍCIO PARA A SALVAÇÃO?
Os católicos romanos que levam a sério a sua filiação à Igreja e que, na
maioria dos casos, foram treinados desde a sua infância a crer que a missa é um
sacrifício diário oferecido por eles, acham difícil deixar a Igreja Romana
precisamente porque temem que sem a missa eles possam perder a sua salvação.
Desse modo, a missa/eucaristia e os demais sacramentos do Romanismo são
elos da cadeia de ferro que aprisiona as consciências humanas, destruindo sua
liberdade espiritual e destinando suas almas para a perdição eterna.
Um católico romano devoto considera essa questão de salvação através da
missa com muito mais seriedade do que a maioria dos evangélicos possa imaginar.
E a hierarquia romana percebeu rapidamente que a maneira mais segura de manter
aprisionados as mentes e os corações do povo, através dos séculos, seria
através da missa, que se transformou no próprio coração do catolicismo Romano.
Por isso a hierarquia proclama que é uma representação visível, do
sofrimento e da morte de Cristo, através deste simbolismo. Somente quando uma
pessoa começa a ler a Bíblia Sagrada atenta e inteligentemente, com espírito de
oração, e que descobre que o único sacrifício necessário para a sua salvação
foi feito por Jesus Cristo no Calvário, e que a missa não pode ser uma
continuação desse sacrifício.
É bom salientar que nenhuma missa é rezada sem pagamento! A missa rezada
para benefício de uma alma no "purgatório", nas chamadas "missas
comunitárias", custa em torno de dois a três reais.
Contudo o seu preço quando rezada fora do horário habitual chega a
variar entre dez e trinta reais. A "Missa de Requiem" (rezada
em funerais) atualmente é cobrada em torno de sessenta a setenta reais! (Obs:
valores praticados em 1993 e se modificam de diocese para diocese).
Se alguém duvidar dessa afirmação, que solicite a presença de um
sacerdote, quando falecer algum familiar, e constate a veracidade da mesma!
Missa para celebração de 15 anos, de casamento ou de bodas de prata/ouro tem
cotação livre! dependendo do aparato social, os preços podem dobrar! Eles
variam nas diferentes dioceses e de acordo com o poder aquisitivo dos
paroquianos! É um excelente meio de arrecadar dinheiro para os cofres do padre
e do bispo!
No dia de finados, rezam-se três missas. Duas pelas almas no
"purgatório" e uma em intenção do papa, isto é como intenção rezada
pelo bem do ofertante! Cada paroquiano da Igreja Romana é obrigado a assistir a
essas missas dai porque as entradas nos cofres da Igreja local ou paróquia,
nesse dia, são geralmente consideráveis!
Quanto mais missas forem rezadas por uma alma que agoniza no
"purgatório", tanto melhor para o padre! A necessidade de um tão
grande número de missas através de longos períodos de tempo, certamente lança
dúvidas na declaração de que uma missa seja de tão alto valor em questões de
salvação!
Um dos piores aspectos do sistema de missa é que o sacerdote jamais pode
dar certeza de que a alma, pela qual se celebrou a missa, já esteja ficando
livre do "purgatório"!!! Ele decididamente não tem um critério pelo
qual possa dar essa garantia! Por isso as missas podem ser oferecidas
"ad infinitum", ou até enquanto o iludido católico romano estiver
disposto a pagar por elas, crente de que está ajudando a alma do seu parente
(ou amigo) a sair do fantasioso "purgatório".
Esta é a realidade! Quem conhece a Palavra de Deus não precisa
cair nesses "contos do vigário"! Além do mais, se o sacrifício de
Cristo na Cruz do Calvário foi inteiramente gratuito, por que então o seu
"vigário" na terra se acha no direito de cobrar pela simples repetição
desse sacrifício?
Em vista do destaque dado à missa pela Igreja Romana, seria
particularmente interessante declarar-se que ela não era conhecida na Igreja
Primitiva. Ela foi inicialmente proposta por um monge beneditino de nome
Radbertus, no século IX, e só veio a fazer parte oficial da doutrina católica
romana quando pronunciada como tal, pelo Concílio de Latrão, em 1215 d.C. sob a
direção do Papa Inocêncio III, de quem já falamos, tendo sido ratificada no
Concílio de Trento, em 1545 d.C.
A "transubstanciação" não se encontra no Credo dos Apóstolos
nem nos credos Niceno e Atanasiano. Sua primeira citação no credo foi feita
pelo Papa Pio IV, no ano de 1564. Somente no ano de 1415 d.C., por causa do
decreto do Concílio de Constança, e que a Igreja Romana passou a recusar o
cálice aos leigos.
Em diversas ocasiões na história dos primórdios da Igreja Romana, os
papas condenaram como sacrilégio que se servisse apenas o pão na comunhão.
O decreto de que só se devia servir pão aos leigos foi criado em 15 de
junho de 1415, num período bastante confuso da Igreja Romana, quando esta teve
três papas, ao mesmo tempo: Gregório XII, Bento XIII e João XXIII, o
"ambicioso Cardeal Cossa, que sucedeu Alexandre V", os chamados
"papas de Pisa".
É interessante observar que o primeiro Papa João XXIII, considerado
ilegítimo (1410-1415), foi retirado sumariamente da lista do papado e o Cardeal
Ângelo Giuseppe Roncalli, adotou o nome de Papa João XXIII (1958-1963) a fim de
"apagar" a memória da baderna papal reinante nesse período.
O primeiro Papa João XXIII, foi tido, pelos historiadores, "como o
mais depravado criminoso que já se sentou no trono papal"! Foi
"considerado réu de mais de 70 crimes" (alguns deles
hediondos). "Quando era cardeal, em Bolonha, duzentas jovens freiras
e senhoras casadas foram vítimas de seus assédios sexuais! Como papa, violou
freiras e donzelas, e viveu em adultério com a mulher do próprio irmão”!
"Foi réu de sodomia e outros vícios inomináveis"! “Comprou o cargo
pontifício e vendeu cardinalatos a filhos de famílias ricas, negando,
abertamente, a doutrina da vida futura"!
Diz-nos o então Arcebispo, D. Jaime de Barros Câmara, já falecido, em
seu livro "Apontamentos de história Eclesiástica", que João XXIII foi
processado -- "Com a acusação de 72 grandes crimes e na segunda sessão (do
Concílio de Constança), foi deposto solenemente, por ter escandalizado a Igreja
com sua fuga e costumes".
E continua: "Após muita
relutância, João XXIII se submeteu à sentença do Concílio. Seis semanas mais
tarde na XIV sessão, o papa legítimo, Gregório XII, depois de ter reconhecido
como legítimo o Concílio convocado por Sigismundo, renunciou espontaneamente ao
papado em nome da paz da cristandade. Pedro de Luna (Bento XIII) tendo recusado
obstinadamente sua resignação foi afinal deposto na XXXVII sessão, como herege
sismático. Nada mais restava, a não ser escolher um papa legítimo”.
"Em 12 de novembro de 1417, o cardeal Oddoni Colonna que tomou o
nome de Martinho V, foi reconhecido pela Igreja Romana. João XXIII foi posto em
liberdade, após quatro anos de prisão, tendo ido prostrar-se aos pés de
Martinho V, que lhe conservou as honras de cardeal (a um papa preso pela
própria Igreja em razão de tantos crimes!), restituindo-lhe, desse modo, o
direito de eleger outros papas, tão corruptos quanto ele...".
"Gregório XII morreu cardeal,
dois anos após sua abdicação. Bento XII faleceu em 1424, no castelo de
Peniscola (preso), sem se submeter ao concílio, e reconhecido como papa por
apenas dois mil fiéis".
É o caso de perguntar: nesse período tão confuso do reinado papal, com
três papas brigando pela legitimidade de seus cargos, como ficou a tão
propalada "sucessão apostólica"?
Será que a "infalível linha
de sucessão pedrinha malasartiana" (conforme citação da pesquisadora Mary Schultze) não foi quebrada nessa ocasião?
Que o bom senso responda por si mesmo!
As declarações de D. Jaime de Barros Câmara encontram-se, disponíveis em seu livro "Apontamentos de História Eclesiástica" (Editora Vozes, 1942,
Petrópolis, RJ).
O livro de Mary Schultze -- "A Deusa do Terceiro
Milênio", contendo informações detalhadas sobre o "mito
Mariano", está à venda na Editora Universal.
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