quarta-feira, 3 de outubro de 2012

UMA REFLEXÃO SOBRE O NEOPENTECOSTALISMO



Ulisses Davi Condutta do Nascimento
Atenção: O objetivo deste texto não é de nenhuma forma difamar ou prejudicar determinada denominação ou doutrina, nem defender nem atacar movimentos. Este texto tem como objetivo levar o leitor a uma reflexão e a uma saudável discussão acerca do assunto.
Já há um tempo, vejo e noto que existe por parte de alguns blogueiros e apologistas na blogosfera uma certa “caçada” aos neopentecostais. Sim, eu denomino isso como “caçada”, porque só este ano já se foram toneladas de posts e matérias contra este movimento.
Converti-me numa igreja neopentecostal.
Vejo essas toneladas de criticas ao movimento neopentecostal e tenho que concordar com algumas das críticas. Mas pergunto: esse movimento já existe há mais de 30 anos no Brasil e por que só agora decidiram criticá-lo duramente?
A maior parte dessa crítica vem de homens das igrejas tradicionais e históricas, homens que sempre põem o seu “Soli Deo Gloria” no final de seus argumentos.
Há mais ou menos 30 anos, na baixada fluminense (região do estado do Rio de Janeiro em que moro e conheço bastante), havia uma grande falta de conhecimento da Palavra de Deus. Daí vamos nos lembrar: quem foi que distribuiu Bíblias aos pobres e às comunidades carentes daqui? Resposta: Assembléias de Deus, outras pequenas congregações pentecostais e denominações neopentecostais.
Enquanto isso, nossos irmãos tradicionais raramente passavam por aqui (eu mesmo não conheço nenhuma grande obra dos tradicionais na história desta região do Rio de Janeiro, com exceção de algumas pequenas missões batistas, metodistas e presbiterianas, mas ainda assim, era muito pouco o esforço feito). Resumindo: Enquanto A Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro e outros gigantes tradicionais estavam confortáveis em seus lindos templos, os “apóstatas” neopentecostais ao lado dos pentecostais tiveram que meter a mão na massa, trazendo a esta região tão carente na época a Palavra de Deus.
Ora, a bíblia ensina que devemos ser sensatos. Então, que sejamos assim. Assim como não concordo com exageros neopentecostais, teologia da prosperidade e etc., também ao mesmo tempo não concordo com os tais críticos da blogosfera. Esses críticos deveriam reconhecer o trabalho feito que esse movimento fez.
Mas o que me incomoda é que os mesmos críticos não fazem menção a esta parte da história da Igreja no Rio de Janeiro e outros lugares carentes no Brasil. Ora, a Bíblia não nos ensina a ser sensatos? Onde está a sensatez? Onde estavam tantos teólogos tradicionais quando tantas pessoas tinham carência da Palavra?
Não tenho nada contra nossos irmãos tradicionais e muito menos quero difamá-los. Mas a verdade é que e dentre esses homens que criticam ferrenhamente o movimento neopentecostal sem lhes dar algum crédito, há uma tremenda falta de sensatez.
Não estou defendendo o movimento neopentecostal, pois também não concordo com muitas práticas. Mas esse movimento também merece crédito pelo bem que faz ao levar a Palavra a comunidades muito carentes, onde outros cristãos não ousam entrar.
Agora faço outra pergunta: onde estão os mesmos críticos dos neopentecostais criticando a Teologia da Libertação? Não vejo absolutamente nenhum desses críticos criticando a Teologia da Libertação. Ora, para eles isto não é uma heresia séria? Ou estariam muitos deles de “conchavo” com tal teologia? Há críticos dos neopentecostais que apoiam ou fazem “vista grossa” a essa teologia, como Renato Vargens e Ed René Kivitz, por exemplo.
“E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.” (Mateus 7:3-5)
Para terminar, devemos na Igreja de Cristo eliminar totalmente a insensatez e colocar os fatos por igual, pois se omitimos fatos, omitimos a sensatez, isso é grave para a Igreja.
O que aconteceu na baixada fluminense acerca disto, também aconteceu em muitos outros lugares carentes por todo o Brasil.
Que se fale de todos os lados do movimento neopentecostal, não só das más práticas.

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Assim sendo, não há que se falar em difamação, crime contra a honra de quem quer que seja, ressaltando-se, inclusive, que tais discussões não estão voltadas para a pessoa, mas para idéias e doutrinas.

Fonte:www.apocalink.blogspot.com