terça-feira, 1 de junho de 2010

UM MANUAL DE MAPEAMENTO ESPIRITUAL - Por Aroldo Caballeros


MAPEAMENTO DO CENTRO DE MACAPA (AP)
Para realizarmos esse mapeamento, dividimo-nos em três equi­pes, cada uma das quais encarregada de uma das três áreas a serem pesquisadas.
As equipes não podem fazer revelações umas às outras.
Isso nos provê informações cruzadas da parte de cada uma daquelas três áreas, capacitando-nos a receber confirmação, o que adiciona credibilidade aos nossos resultados.
As três equipes de trabalho recebem, respectivamente, tarefas de pesquisa sobre fatores históricos, fatores físicos e fatores espirituais.

FATOS HISTÓRICOS

Para fazermos a pesquisa histórica, teremos de fazer as seguintes perguntas quanto a cada cidade ou circunvizinhança:

1. O nome ou os nomes

Precisamos fazer uma lista ou inventário dos nomes usados para o nosso território, para então fazermos a nós mesmos as seguin­tes indagações:

·               Esse nome tem algum significado?
·               Se o nome etimológico não tem significado, terá alguma impli­cação lógica?
·               Isso importa em bênção ou maldição?
·               É um nome nativo, indígena ou estrangeiro?
·               O nome diz alguma coisa sobre os primeiros habitantes da­quele território?
·               Descreva quaisquer características daqueles que ali residem?
·               Há alguma relação entre o nome e a atitude de seus habitantes?
·               Qualquer desses nomes tem alguma relação direta com os nomes de demônios ou das artes ocultas?
·               O nome está ligado a alguma religião, crença ou culto local naquele lugar?

2. Natureza do Território

·               O território tem quaisquer características especiais que o distingam de outros?
·               Está aberto ou fechado para o evangelismo?
·               muitas ou poucas igrejas ali?
·               A evangelização é fácil ou difícil?
·               As condições sócio-econômicas do território são uniformes? Há mudanças drásticas nessas condições?
·               Aliste os problemas sociais mais comuns da circunvizinhança, como drogas, alcoolismo, famílias abandonadas, corrupção do meio ambiente, ganância, desemprego, exploração dos po­bres, etc.
·               Haverá alguma área específica que chame a nossa atenção? Por exemplo, poderíamos definir esse território ou os seus habitantes com uma palavra? Que palavra seria essa?

3. História do Território

Quanto a esse aspecto da questão, apelamos para as entrevistas, pesquisas na prefeitura, nas bibliotecas, etc.
Uma questão que aqui mostra ser extremamente importante consiste em saber quais eventos dão algum indício ao surgimento dessa circunvizinhança ou território, ou sob quais circunstâncias isso ocorreu.
·               Quando foi a sua origem?
·               Quem foi seu fundador (ou fundadores)?
·               Qual foi o propósito original de sua fundação?
·               Que podemos aprender do seu fundador? Quais eram a reli­gião, as crenças e os hábitos dele? Era ele um adorador de ídolos?
·               eventos que têm acontecido com freqüência, como mor­tes, violência, tragédias ou acidentes? (No lugar há alguma chamada "esquina ou ladeira da morte"?)
·               Há algum fator que sugira a presença de alguma maldição ou de algum espírito territorial?
·               histórias assustadoras cercando o lugar? Essas histórias são válidas? O que as teria causado?
·               Até onde remonta a história da igreja evangélica naque­le lugar?
·               Como começou a igreja evangélica ali? Foi ela o fruto de algum fator específico?

Essa lista de indagações de forma alguma é exaustiva, mas já é um começo.
Não podemos esquecer que o Espírito Santo será nosso principal auxiliar quanto a isso.

FATORES FÍSICOS

Os aspectos físicos referem-se a objetos materiais significativos que possamos encontrar em nosso território.
Parece que o diabo, devido ao seu orgulho sem limites, com freqüência deixa uma esteira para trás.

·               Um estudo intensivo dos mapas disponíveis sobre a região, incluindo os mapas mais antigos e mais recentes, que nos permitam identificar modificações. As ruas seguem algu­ma ordem em particular? Sugerem qualquer tipo de dese­nho ou padrão?
·               Faça um inventário dos parques.
·               Faça um inventário dos monumentos.
·               Existem locais arqueológicos no território?
·               Faça um inventário das estátuas e estude as suas caracte­rísticas.
·               Quais tipos de instituição existem no território?
·               Instituições de autoridade, instituições sociais, instituições religiosas ou outras?
·               Quantas igrejas há no território?
·               Faça um inventário dos lugares onde Deus é adorado, e dos lugares onde o diabo é adorado.
·               Uma indagação extremamente importante é esta: Haverá "lugares altos" no território?
Há um número excessivo de bares ou centros de macumba, ou clínicas de aborto, ou lojas de artigos pornográficos?
·               Um estudo completo da demografia do território será de gran­de ajuda.
·               Estude as condições sócio-econômicas da circunvizinhança, a taxa de crimes, de violência, de injustiça, de orgulho, de bênçãos e de maldições.
·               Haverá centros de culto na comunidade? Há uma distribui­ção específica quanto à localização desses centros de culto?

Na Guatemala há uma estrada com cinqüenta quilômetros, que vai até à cidade de Antígua, no território do país.
Ao longo dessa estrada há toda sorte de culto estranho, que florescem ao longo de uma linha reta, incluindo: Bahai'i, Testemunhas de Jeová, islamismo, Nova Era, médicos-feiticeiros, e assim por diante.
Uma estrada como essa, não há que duvidar, cons­titui uma linha de poder do ocultismo, um corredor através do qual os demônios e os poderes demoníacos fluem à vontade.
Essas linhas de poder oculto derivam-se da contaminação cau­sada pelo diabo, mediante maldições e a invocação a espíritos territoriais que somente agora estamos descobrindo.
É útil lo­calizar esses pontos, a fim de reverter a maldição para que ali comece a haver bênçãos.

FATORES ESPIRITUAIS

Os fatores espirituais podem ser os mais importantes de todos os fatores, porquanto revelam a causa real por detrás dos sintomas expostos nas pesquisas histórica e física.
Aqueles que são chamados para trabalhar nessa área espiritual são os intercessores, pessoas que atuam dotadas do dom do discernimento de espíritos e que ouvem acuradamente da parte de Deus.
O grupo de intercessores deve dedicar-se a uma inten­sa oração, com o propósito de saber qual a mente de Cristo e receber, da parte de Deus, a descrição da condição espiritual do inimigo, nos lugares celestes, por sobre o território definido.
Também queremos sugerir algumas perguntas que os intercessores precisam formular, as quais nos guiarão quanto às nossas orações; mas isso não pode substituir a prática de passar tempo de boa qua­lidade com Deus, em favor do lugar pelo qual estamos orando.

·               Os céus estão abertos neste lugar?
·               É fácil orar neste lugar? Ou há muita opressão?
·               Podemos discernir uma cobertura de trevas? Podemos defi­nir as suas dimensões territoriais?
·               Haverá diferenças expressas na atmosfera espiritual por so­bre as regiões do território visado? Em outras palavras, os lugares celestiais estão mais abertos ou mais fechados sobre diferentes subdivisões, circunvizinhanças ou comunidades da área? Podemos determinar com exatidão essas separações?
·               Deus nos tem revelado algum nome?
·               As informações que temos revelam uma potestade ou principado que possamos reconhecer?
·               Deus nos mostrou quem é o "valente"?

Podemos ficar desencorajados ao virmos todas essas perguntas escritas como elas foram; mas, se confiarmos na atuação do Espíri­to Santo e no desejo de Deus de revelar os seus segredos, então nos sentiremos confiantes.
Não temos aqui uma tarefa que requeira pes­soas místicas, nem é algo esquisito.
Tudo o que precisamos é de uma equipe de obreiros que sinta uma verdadeira responsabilidade pelo evangelismo dentro de um território específico e que dependa da orientação do Espírito Santo.
Depois de termos completado a pesquisa quanto a todos esses três fatores, então devemos entregá-la a um grupo de líderes e intercessores maduros, para que avaliem as informações recolhidas.
Bev Klopp providenciou um exemplo sobre isso no oitavo capítulo deste livro. Temos descoberto que as pesquisas feitas quanto a cada um desses três fatores confirmarão e complementarão o trabalho efe­tuado pelas outras duas equipes, se é que estamos ouvindo com preci­são aquilo que o Espírito nos está dizendo.

DANDO O NOME DO VALENTE

Temos passado por experiências verdadeiramente excitantes.
Por exemplo, um dia Deus mostrou à equipe de fatores históricos uma área onde havia remanescentes arqueológicos, e como estavam vin­culados às características básicas da idolatria e da feitiçaria, que re­montavam à civilização dos maias.
Os membros da equipe dos fatores físicos, simultaneamente, localizou uma casa vazia, exatamente na mesma área onde estavam ocorrendo reuniões de idolatria e feitiça­ria.
Posteriormente Deus mostrou aos membros da equipe de intercessores dos fatores espirituais que o território espiritual que con­trolava aquele lugar estava usando um ser humano como seu valente. O estilo de vida dessa pessoa incluía a prática de artes ocultas, feitiça­ria e idolatria.
Quando estávamos orando, o Senhor falou e disse:
"Amanhã darei a vocês o primeiro e o último nome desse homem, pelo jornal".
E também nos revelou em qual página esse nome apareceria.
Foi algo absolutamente sobrenatural e excitante quando descobrimos, exatamente naquela página, o nome do indivíduo que se dedicava a tais atividades.
Ele se ajustava perfeitamente bem à descrição que havia sido dada pelo Espírito Santo, incluindo até mesmo a sua apa­rência física.
Para coroar tudo, também descobrimos que o tal ho­mem era o proprietário da casa vazia onde estavam tendo lugar os rituais de artes ocultas, diretamente em frente da rua onde estava o sítio arqueológico!
Uma vez munidos dessas conclusões, estávamos preparados para desfechar a guerra espiritual.
Não nos podemos esquecer que nossa milícia não é contra carne e sangue, mas contra os poderes demonía­cos que controlam as pessoas.
Ademais, precisamos lembrar que fo­mos chamados para abençoar as pessoas afetadas, e não para amaldiçoá-las.
Em último lugar, como esquecer que Cristo Jesus já ganhou a batalha por nós?

CONCLUSÃO

A territorialidade dos espíritos é um fato, pelo menos no que concerne a nós, membros de nossa igreja.
Temos estudado o assunto conforme ele é exposto na Bíblia.
Temos feito o nosso trabalho de casa nesse campo.
Compreendemos que o exército maligno das di­mensões espirituais requer adoração e serviço da parte de seus segui­dores, conferindo o seu poder maligno em proporção à obediência prestada pelos ímpios.
Quando um território é ocupado por pessoas que preferiram ofe­recer a sua adoração aos demônios, essa região fica contaminada, os espíritos territoriais obtêm o direito de permanecer ali, e os habitantes do lugar são mantidos cativos às forças das trevas.
Isso posto, é mis­ter identificar o inimigo e entrar na batalha espiritual, até obtermos a vitória e redimirmos aquele território.
O mapeamento espiritual é um dos meios que nos permitem identificar o inimigo. É a nossa espiona­gem espiritual.
Não temos tempo a perder!
É chegado o tempo de o Corpo de Cristo levantar-se, dotado do poder do Espírito Santo, para desafiar os poderes do inferno, destruindo todos os seus esquemas e devolvendo a terra ao Senhor Deus, que no-la deu como nossa herança.
Fonte: Destruindo Fortalezas, Cap. 5 – C. Peter Wagner

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Fonte:www.apocalink.blogspot.com