sexta-feira, 12 de agosto de 2011

MODELO, ATRIZ E…ENGAJADA


A atriz aproveitou a ocasião e chamou a atenção para a luta contra mortalidade infantil, causa de sua fundação.
O tabu da circuncisão feminina na África é tema do filme Flor do Deserto, que estreia sexta-feira, baseado no best seller homônimo da somali Waris Dirie. Para interpretar a autora do livro, que também foi modelo e embaixadora da ONU, a produção selecionou a etíope Lyia Kebede. Coincidência ou não, a atriz também é top model internacional e possui uma fundação que luta contra a mortalidade de mães e crianças após o parto.
Lyia esteve em São Paulo para a pré-estreia do longa e recebeu a coluna para conversa antes de partir para uma sessão de compras na Rua Oscar Freire, nos Jardins.
Como surgiu o interesse pelo papel de Waris Dirie? Eu li o livro, adorei a história e falei para o meu agente: “Quero fazer esse papel, por favor, encontre as pessoas”. Então fiz o teste. O diretor e o produtor gostaram e ficaram mais interessados ainda quando souberam das semelhanças que eu tinha com a Waris Dirie (o trabalho como modelo, as atividades da minha fundação, etc).
O que sentiu quando leu o livro pela primeira vez? Fiquei muito tocada com o projeto. O livro é lindo, pessoal ao extremo. Achei totalmente inspirador. Ao mesmo tempo, foi a primeira vez em que percebi a dívida que eu tinha com questão da mutilação feminina.
Como foi a sua preparação? Usei o livro, reli os parágrafos diariamente. Eu não trabalhei junto com a Waris. Só a conheci no último dia de filmagem porque ela preferiu ficar longe do set. Em compensação, tive a oportunidade de começar as filmagens pela Somália e, portanto, fiquei imersa na ‘África dela’. Conversei muito com as mulheres do vilarejo e compreendi os conflitos daquele lugar.
Como vê o cenário atual da circuncisão feminina? A prática tem sido cada vez mais contida. Está mudando um pouco, mas não o suficiente. Há organizações que fazem um trabalho maravilhoso. Eu visitei algumas comunidades onde esse trabalho é desenvolvido e mostra que 8% das mulheres não são mais circuncisadas. Mas ainda é necessário continuar a luta.
Nesse contexto, qual é, na sua opinião, o alcance do filme?O filme, definitivamente, desperta algo. O produtor levou há dois meses o longa para ser projetado no vilarejo onde filmamos. Foi muito interessante e difícil porque a maioria das mulheres de lá é circuncisada. Muitas são contra e outras a favor. E muitos homens assistiram pela primeira vez. Isso porque eles não acompanham a cirurgia, só o depois. Então, suscita inevitável discussão.
Por Marilia Neustein
FONTE: ESTADÃO

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1999 - Um fotógrafo que fez a cobertura de uma intervenção cirúrgica para corrigir um problema de espinha bífida realizada no interior do útero materno num feto de apenas 21 semanas de gestação, numa autêntica proeza médica, nunca imaginou que a sua máquina fotográfica registaria talvez o mais eloquente grito a favor da vida conhecido até hoje.

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Fonte:www.apocalink.blogspot.com