quarta-feira, 24 de agosto de 2011

REFLEXÕES MAÇÔNICAS - Aprendendo sobre fraternidade


Aprendendo sobre fraternidade...

Quando se fala em Maçonaria no mundo profano, todos têm algum comentário a fazer: misteriosa, secreta, satânica, beneficente, caritativa... uns aprovam, outros reprovam, uns gostam, outros têm curiosidade e há também os indiferentes. No entanto, todos os profanos têm como verdade incontestável que os maçons são fraternos, ajudam-se entre si e se tratam como irmãos... Correm lendas que maçom pobre não existe, que maçom nunca perde causa na justiça, que maçom nunca se aperta, pois basta fazer um "sinal secreto" e pronto! Lá estão os "irmãos" para auxiliar o apurado... Como seria bom se essas lendas fossem reais!

Quem está do "lado de cá", sabe bem que isso é uma utopia, uma doce ilusão alimentada pelo romantismo dos que idealizam as instituições e os homens. Se analisarmos com frieza e objetividade, veremos que a realidade é bem outra, uma realidade lamentável... Homens que chegam a se odiar, que tentam prejudicar uns aos outros de todas as formas possíveis, que se esquecem dos laços de irmandade em troca de postos, condecorações, cargos, honrarias...que muitas e muitas vezes, sabendo que um "irmão" está passando por momentos difíceis, dão risada, fingem não ter conhecimento sobre o fato, mentem descaradamente, ludibriam, logram e prejudicam escancaradamente àqueles a quem deveriam estar unidos pelos doces laços da fraternidade e do respeito mútuo.

Um espetáculo de lamentável hipocrisia pode ser visto por ocasião daqueles discursos pomposos, carregados de termos como "Poderoso", "Amado", "Sereníssimo", "Soberano", "Especial", "Sapientíssimo" quando proferidos por verdadeiras lavadeiras e comadres que passam grande parte do seu tempo a "esfregar" a vida alheia contra as duras pedras da sarjeta, a criticar a todos quantos não reproduzam fielmente os seus pensamentos e a tentar "escalar" por sobre as cabeças para galgar mais um degrau de "glória maçônica"...

Além disso, é chocante ver como se usa, sem a menor vergonha, a retórica vazia do "irmão". É "irmão" pra cá, "irmão" pra lá, quando, na verdade, é "maldito" pra cá e "desgraçado" pra lá. Um quer ver o outro morto, estirado sobre um esquife (e não é o simbólico não) e, mesmo assim, vão levando a patifaria da "irmandade sincera", fingindo na cara-de-pau um amor regado a elogios falsos enquanto tentam expulsar o outro da Loja, envolvê-lo em uma situação constrangedora, apunhalá-lo pelas costas fingindo "dar apoio", forjando fatos mentirosos e jogando a reputação do outro no lixo sem o menor pudor.

Certas intrigas ocorridas em meios maçônicos fariam corar as mais experimentadas fofoqueiras de bairro. Usar pessoas para se atingir um objetivo pessoal nada nobre, é prática da qual muitos "irmãos" são useiros e vezeiros. Fala-se muito em "tolerância" como se isso fosse a "virtude mor" dos maçons brasileiros. Isso é uma mentira!

Muitos maçons amapaenses confundem tolerância com permissividade, confundem liberdade de pensamento com confusão, falta de método e libertinagem intelectual... Querem ver onde está a "tolerância à brasileira"? Basta ver os ataques velados e abertos contra o agnosticismo do Rito Moderno que os "religiosos" lançam como bomba de estilhaços, sem se importar em desrespeitar a liberdade de consciência alheia. Taxam os modernistas de "ateus", o Rito Moderno de "ímpio" e "irregular", jogando acusações esdrúxulas e sem fundamento por sobre todos aqueles que "ousaram" pensar de forma diferente... Do outro lado, os irmãos agnósticos, esquecendo-se que a maçonaria deve ser um "centro de união, e o meio de firmar uma amizade sincera entre pessoas que teriam ficado perpetuamente distanciadas", passam a atacar de forma grosseira às crenças alheias, ridicularizando tudo aquilo que é sagrado para os que crêem, desrespeitando, da mesma forma, a liberdade de consciência dos teístas. Isso é tolerância?

Será tolerância reagir com um ódio mortal contra quaisquer críticas que lhe atinjam de algum modo? É tolerante mandar um Aprendiz calar a boca quando ele levanta críticas reais e pertinentes? Quem ainda não viu essa cena? Quantas e quantas discussões ferozes, causadoras de um ódio profundo entre "irmãos" não nasceram de uma crítica que machucou a vaidade de alguém? Onde está o espírito de se fazer e ouvir críticas com uma intenção construtiva? Tudo o que se fala é para achincalhar o outro, botá-lo em situação constrangedora na frente da Loja toda, rebaixá-lo, arrebentar com sua auto-estima. Da mesma forma, toda e qualquer crítica, por menor que seja, é o bastante para cegar de raiva quem a recebeu, socar a mesa, gritar com os olhos injetados de furor, pedir o Quite Placet e amaldiçoar quem criticou "per saecula saeculorum Amém".

O irônico disso tudo é que, quando estávamos na
Câmara de Reflexão, nossos olhos leram palavras como: "Lembra-te que és pó e ao pó tornarás"; "Se tens receio de que descubram teus defeitos, não estás bem entre nós"; "Se és apegado a distinções mundanas, sai; aqui não as conhecemos"...

A grande questão que se apresenta, mediante essas constatações é: Nós entramos na Maçonaria, mas terá a Maçonaria entrado em nós? Quanto de Maçom temos realmente?

Onde está o real espírito de fraternidade maçônico? Perdeu-se na brutalidade e vulgaridade de nosso século? Está escondido em algum templo abandonado? Perdeu-se junto com a palavra do Mestre? Onde estaremos nós, quando um irmão necessitar?

Reflitamos seriamente no sentido real de se vestir um avental maçônico...

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1999 - Um fotógrafo que fez a cobertura de uma intervenção cirúrgica para corrigir um problema de espinha bífida realizada no interior do útero materno num feto de apenas 21 semanas de gestação, numa autêntica proeza médica, nunca imaginou que a sua máquina fotográfica registaria talvez o mais eloquente grito a favor da vida conhecido até hoje.

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Assim sendo, não há que se falar em difamação, crime contra a honra de quem quer que seja, ressaltando-se, inclusive, que tais discussões não estão voltadas para a pessoa, mas para idéias e doutrinas.

Fonte:www.apocalink.blogspot.com