Aleister Crowley, também conhecido como "A Grande Besta 666"
Qual a origem do chapéu na maçonaria, usado pelo Venerável Mestre nas reuniões de Aprendiz e Companheiro e por todos os Mestres nas reuniões de Mestre Maçom?Uma das obras de José Castellani declara que herdamos o chapéu preto dos judeus ortodoxos, e que o chapéu em Loja é a “coroa maçônica”, influência da realeza européia, usada pelo Venerável como símbolo de sua posição de liderança.
Afinal de contas, herdamos dos judeus ou dos reis europeus? E os judeus ortodoxos, usam o chapéu preto porque se consideram reis? Não há como misturar uma coisa com a outra, chapéu de judeu com coroa de europeu. Mas Castellani e muitos outros irmãos tentaram.
Se herdamos o chapéu dos judeus ortodoxos, será que não deveríamos adotar também a circuncisão? Ou talvez as tranças nas orelhas e a barba longa?
Na verdade, o uso do chapéu na Maçonaria é praticamente inverso ao uso do chapéu pelos judeus! Os judeus utilizam o chapéu obrigatoriamente durante as orações e cerimônias religiosas, em sinal de temor a Deus. Já o maçom utiliza durante toda a reunião e retira o chapéu exatamente nos momentos de orações, em sinal de respeito! Dessa forma, fica claro que o uso do chapéu pelos maçons não tem nenhuma relação com o uso do chapéu pelos judeus ortodoxos, como pensava Castellani.
Já a teoria do chapéu ser um símbolo da “coroa maçônica”, influenciada pelo símbolo de liderança que distingue o rei dos demais, seria mais plausível, afinal de contas, o Venerável Mestre representa o Rei Salomão, não é mesmo? Porém, porque o Venerável não utilizaria uma verdadeira coroa em Loja? Uma coroa de louros, ou flores, ou de metal? Porque seria um chapéu preto de abas caídas (REAA) ou mesmo uma cartola (Rito de York)? E por que todos os Mestres usariam em reuniões de Mestre, se o representante do rei Salomão é apenas o Venerável? Na Grécia Antiga o chapéu era símbolo de sabedoria e liberdade. O famoso escritor maçom Oliver comenta sobre o mesmo significado para os romanos, tendo sobrevivido na maçonaria desde as Guildas Romanas. Sua relação com a sabedoria permaneceu na Idade Média, como os chapéus dos magos (Aleister Crowley na foto no início deste artigo) denunciavam, os quais foram adaptados para cartolas pelos mágicos. O chapéu representa proteção. Se na prática o chapéu protege a cabeça do dono contra o sol, simbolicamente, o chapéu é como um elmo que confirma e protege a sabedoria que se encontra na cabeça do Venerável Mestre. Assim sendo, o chapéu do Venerável Mestre pode realmente ser interpretado como uma coroa representativa de sua autoridade. Porém, uma autoridade com base na Sabedoria, assim como a de Salomão. E é por serem detentores da sabedoria maçônica que todos os Mestres utilizam o chapéu nos ritos originados na França. O costume do uso de chapéu pelo Venerável Mestre era um costume na maçonaria inglesa até a fusão que originou a Grande Loja Unida da Inglaterra. Após a fusão, os antigos costumes foram “reformulados” para agradar ambas as partes, e a tradição do chapéu simplesmente foi descartada. O único ritual na Inglaterra que mantém o uso do chapéu pelo Venerável Mestre é o Bristol. Mas por uma ironia do destino, essa tradição permaneceu viva nos EUA. E os ritos de origem francesa também mantiveram esse antigo costume, tão presente no Brasil.
O Sereníssimo Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de Rondônia, Irmão Juscelino Moraes do Amaral, participou da Sessão de Investidura ao Grau 33, no dia 11 de setembro de 2010, às 11 horas (numerologia ocultista), em Cuiabá, realizada pelo Supremo Conselho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito da Maçonaria para a República Federativa do Brasil, sob a presidência do Soberano Grande Comendador, Irmão Luís Fernando Torres. O Grão-Mestre esteve acompanhado dos Irmãos Jorge Otávio, Paulo Andrade, Carlos Alberto Martins e Marco Antônio, todos de sua Potência maçônica, que foram investidos ao Grau 33. (Fonte: O ETERNO APRENDIZ
Sempre chamou a atenção dos Aprendizes no Rito Escocês Antigo e Aceito, o porque o Venerável Mestre usa chapéu nas sessões e porque em determinados momentos ele tira o chapéu e coloca-o novamente. O simbolismo maçônico desde o século XVIII, pede do Venerável Mestre usar chapéu, como um símbolo de autoridade e que, aparentemente este uso vem das cortes da época quando o Rei cobria sua cabeça ficando todos os outros cortesãos inclusive nobres de alta patente, descobertos.
Mas no ocultismo, encontramos uma explicação que nos convence mais porque a Maçonaria sempre tem tomado das ciências ocultas ou de muita sabedoria seus usos e costumes, para preservar tudo o que de mais elevado o Homem produziu através da história. Os ocultistas dizem que os pêlos curtos e grossos das sobrancelhas e da barba do homem, são emissores de energia, enquanto que os pêlos finos e longos dos cabelos são catadores de energia.
Por este motivo o Venerável Mestre mantendo-se de cabeça coberta, indica que ele nada mais tem a receber dos demais membros da Loja, uma vez que chegou ao termo final de sua iniciação. O chapéu de aba abaixada, lhe confere o poder e a autoridade que ele está pronto a exercer, perante os irmãos da Loja que ainda não chegaram aos seus conhecimentos plenos. Mais, em certos momentos, o venerável Mestre tira o chapéu quando, na abertura do Livro da Lei que é a verdade revelada de Deus, são lidos versículos da Bíblia e depois são elevadas preces ao Grande Arquiteto do Universo; nesse momento a Loja está invocando a presença de Deus (Qual Deus? Se cada um adora o que quer!) e o Venerável Mestre descobre-se para poder receber também os influxos divinos. Terminado esse momento, cobre-se novamente.
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