quinta-feira, 14 de julho de 2011

NA ÁFRICA, MAIOR CAMPO DE REFUGIADOS DO MUNDO SOFRE COM SUPERLOTAÇÃO, FALTA DE COMIDA E ÁGUA

RIO - Construído há 20 anos para abrigar 90 mil pessoas vindas da guerra civil da Somália, os acampamentos de Dadaab, no Quênia, são considerados o maior campo de refugiados do mundo, abrigando hoje mais de 350 mil somalis. De acordo com uma previsão do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), até o final deste ano Dadaab será a residência de 450 mil pessoas, o equivalente à duas vezes a população de Genebra. Nos primeiros quatro meses do ano, foram mais de 41 mil novas chegadas.
Além de conflitos internos, a Somália e outros países da África Oriental, como Etiópia e o próprio Quênia, passam pela pior seca dos últimos 60 anos. Nesta terça-feira, a ONU chamou a atenção para a crise humanitária na região, onde a temporada sem chuvas atinge cerca de 11 milhões de pessoas, e fez um apela a comunicada internacional.
- O custo humano desta crise é catastrófico. Nós não podemos nos dar o luxo de esperar - disse o secretário-geral da ONU, Ban ki-moon - Nós admitimos que temos que fazer de tudo para evitar que essa crise se aprofunde.
Um relatório divulgado em maio deste ano pelo Médicos Sem Fronteiras mostra como a realidade dos campos de Dadaab - composto por três acampamentos Dagahaley, Hagadera e Ifo, onde 9% das crianças chegam desnutridas e 60% das famílias vem com pelo menos um familiar doente.
Para receber a porção de comida - três quilos por quinzena, as famílias devem esperar, em média, 12 dias. Os utensílios de cozinhas e roupa de cama demoram mais de um mês. Durante este período, os recém-chegados precisam se virar em temperaturas médias de 50 graus, buscando alimentos no deserto e fugindo de animais selvagens, principalmente de ataques de hienas, frequentes na região.
- Cheguei com seis parentes. Temos um pedaço de terra na área dos recém-chegados, mas não temos nada para construir um abrigo. Não temos plástico, nem tendas. Temos apenas os nossos cartões de registros, mas ainda esperamos por nossa porção de comida. É muito perigoso aqui. Temos medo que animais selvagens comam nossas crianças durante a noite - contou Fatima a funcionários do Médicos Sem Fronteiras, 15 dias após chegar ao Quênia, fugida de Mogadishu, na Somália.
Como os acampamentos estão lotados, recém-chegados devem esperar do lado de fora dos campos ou procurar abrigo em casa de parentes, como é o caso de Hassan, de 39 anos, que, ao lado da mulher e cinco filhos, divide tenda com a irmã outros oito parentes. Segundo o Médicos Sem Fronteiras, cerca de 25 mil pessoas vivem do lado de fora dos acampamentos.
A ONU tinha um projeto de abrir um novo campo de refugiado no local, uma extensão do complexo de Ifo, com mais instalações, que serviriam para acomodar 40 mil pessoas, mas a obra foi suspensa em janeiro deste, depois de muitas negociações com autoridades quenianas. Até o momento, não há sinais de avanço nas conversas com o governo.
Há 20 anos, a Somália não tem um governo central e milícias islâmicas al-Shabbab impediram a entrada de ajuda humanitária nos locais dominados por ele. Segundo os extremistas, a ajuda encorajaria a dependência. Desde de o ano passado, a agência de alimentos da ONU desistiu de ajudar somalis, com medo de colocar seus funcionários em risco diante de "condições de trabalhos inaceitáveis".
FONTE: YAHOO 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário é importante! Através dele terei oportunidade de aprender mais! Muito obrigado!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Visitas dos lugares mais distantes

Minha lista de blogs

Aborto diga não!

Aborto diga não!
1999 - Um fotógrafo que fez a cobertura de uma intervenção cirúrgica para corrigir um problema de espinha bífida realizada no interior do útero materno num feto de apenas 21 semanas de gestação, numa autêntica proeza médica, nunca imaginou que a sua máquina fotográfica registaria talvez o mais eloquente grito a favor da vida conhecido até hoje.

LIBERDADE DE EXPRESSÃO

É importante esclarecer que este BLOG, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal.

Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX).

Além disso, cabe salientar que a proteção legal de nosso trabalho também se constata na análise mais acurada do inciso VI, do mesmo artigo em comento, quando sentencia que "é inviolável a liberdade de consciência e de crença".

Tendo sido explicitada, faz-se necessário, ainda, esclarecer que as menções, aferições, ou até mesmo as aparentes críticas que, porventura, se façam a respeito de doutrinas das mais diversas crenças, situam-se e estão adstritas tão somente ao campo da "argumentação", ou seja, são abordagens que se limitam puramente às questões teológicas e doutrinárias.

Assim sendo, não há que se falar em difamação, crime contra a honra de quem quer que seja, ressaltando-se, inclusive, que tais discussões não estão voltadas para a pessoa, mas para idéias e doutrinas.

Fonte:www.apocalink.blogspot.com