segunda-feira, 23 de abril de 2012

DESMASCARANDO O ESPÍRITISMO (Parte 2)



III. A TEORIA DA REENCARNAÇÃO

A teoria da reencarnação se constitui no cerne de toda a dis­cussão espiritista. Destruída esta teoria, o espiritismo não poderá subsistir.
Sobre o assunto, escreveu
Allan Kardec: "A reencarnação fazia parte dos dogmas judaicos sob o nome de ressurreição... A reencar­nação é a volta da alma, ou espírito, à vida corporal, mas em outro corpo novamente formado para ele que nada tem de comum com o antigo" (O Evangelho Segundo o Espiritismo, pp. 24,25).

3.1. A Bíblia Nega a Reencarnação

A Bíblia jamais faz qualquer referência à palavra "reencarna­ção", tampouco confunde-a com a palavra "ressurreição". Segun­do o dicionário Escolar da Língua Portuguesa, de Francisco da Silveira Bueno, "reencarnação" é o ato ou efeito de reencarnar, pluralidade de existências com um só espírito; enquanto a palavra "ressurreição", no grego, é anástasis e égersis, ou seja, levantar, erguer, surgir, sair de um local ou de uma situação para outra.
No latim, "ressurreição" é o ato de ressurgir, voltar à vida, reanimar-se. Biblicamente, entende-se o termo "ressurreição" como o mesmo que ressurgir dos mortos, e, em linguagem mais popular, união da alma e do espírito ao corpo, após a morte física.

3.2. Ressurreição na Bíblia

No decorrer de toda a narrativa bíblica, são mencionados oito casos de ressurreição, sendo sete de restauração da vida, isto é, ressurreição para tornar a morrer, e um de ressurreição no sentido pleno, final — o de Jesus. Este foi diferente, porque foi ressurrei­ção para nunca mais morrer, não somente pelo fato de Ele ser Je­sus, mas porque, ao ressurgir, tornou-se Ele o primeiro da ressur­reição real (1 Co 15.20,23).
A expressão "ressurreição dentre os mortos", como em Lucas 20.35 e Filipenses 3.11, implica uma ressurreição da qual somente os justos participarão. Os participantes da verdadeira ressurreição não mais morrerão (Lc 20.36). A referida expressão e tradução correta do original. A palavra "dentre" indica que os mortos ímpios continuarão sepultados quando os santos ressurgirem.
Os sete outros casos de ressurreição na Bíblia, por ordem, são: o filho da viúva de Serepta (1 Rs 17.19-22); o filho da sunamita (2 Rs 4.32-35); o defunto que foi lançado na cova de Eliseu (2 Rs 13.21); a filha de Jairo (Mc 5.21-23,35-43); o filho da viúva de Naim (Lc 7.11-17); Lázaro (Jo 11.1-46); Dorcas (At 9.36-43).
O caso da ressurreição de Jesus, que, como já dissemos, é di­ferente, acha-se registrado em Mateus 28.1-10; Marcos 16.1-8; Lucas 24.1-12; João 20.1-10 e 1 Coríntios 15.4,20-23.
Quanto à ressurreição propriamente dita, escreve Allan Kardec: "A ressurreição implica a volta da vida ao corpo já morto — o que a ciência demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quan­do os elementos desse corpo foram, depois de muito tempo, dispersos e absorvidos".
E evidente que esta teoria de Allan Kardec não pode prevale­cer, uma vez que se baseia em conceitos de homens e não nas Escrituras, que declaram a possibilidade da ressurreição dos mor­tos. Não é relevante citarmos aqui os casos de mortos que foram ressuscitados antes de serem levados à sepultura. Vamos citar ape­nas dois casos de mortos que foram levantados dentre os mortos após quatro e três dias de sepultados: Lázaro e Jesus.

3.2.1. LÁZARO

O testemunho de João capítulo 11 é que Lázaro:

a) estava morto (vv.14,21,32,37);
b) estava sepultado já havia quatro dias (vv. 17,39);
c) já cheirava mal (v.39);
d) ressuscitou ainda amortalhado (v.44);
e) ressuscitou com o mesmo corpo e com a mesma aparência que possuía antes de morrer (v.44).

3.2.2. Jesus

O testemunho das Escrituras quanto à morte e ressurreição de Jesus Cristo, é que:
a) Os soldados romanos testemunharam que Cristo estava morto (Jo 19.33).
b) José de Arimatéia e Nicodemos sepultaram-no (Jo 19.38-42).
c) Ele ressuscitou no primeiro dia da semana (Lc 24.6).
d) Mesmo após ressuscitado, Ele ainda portava as marcas dos cravos nas mãos, para mostrar que seu corpo, agora vivo, era o mesmo no qual sofrerá a crucificação, porém, glorificado (Lc 24.39; Jo 20.27).

3.3. Uma Teoria Absurda

Procurando dar sentido bíblico à absurda teoria da reencarnação, Allan Kardec lança mão do capítulo 3 de João para dizer que Jesus ensinou sobre a reencarnação. Os tradutores da obra de Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, usaram a versão bí­blica do padre Antônio Pereira de Figueiredo como texto base de sua tradução, grifando o versículo 3 do citado capítulo de João: "Na verdade te digo que não pode ver o reino de Deus senão aque­le que renascer de novo" (ênfase minha), quando o versículo na­quela versão é escrito da seguinte forma: "Na verdade, na verda­de, te digo, que não pode ver o reino de Deus, senão aquele que nascer de novo" (ênfase minha).
"Renascer" já significa nascer de novo, enquanto "renas­cer de novo" constitui-se numa intolerável redundância, mas não sem propósito por parte do espiritismo, que por tudo pro­cura provar que a absurda teoria da reencarnação tem funda­mento na Bíblia.
DE OLIVEIRA, Raimundo. Seitas e Heresias: Um Sinal do Fim dos Tempos. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.

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