Carlos Gomes Júnior, primeiro-ministro e candidato às eleições
presidenciais da Guiné-Bissau, está vivo.
Segundo o que A BOLA apurou, Carlos Gomes Júnior encontra-se em lugar
seguro e protegido pela Missang, Missão Angolana de Apoio à Reforma do Setor
Militar da Guiné-Bissau.
Na noite desta quinta-feira, militares ocuparam as principais artérias
da capital guineense.
A Rádio Nacional também foi ocupada por soldados. A sede do PAIGC,
partido de Carlos Gomes Júnior, também foi tomada de assalto por alguns
militares.
São 200 os militares angolanos no terreno
Neste momento, são 200 os militares angolanos em Bissau, das mais
diversas especialidades, como efetivos da Missang. Uma força que chegou a
Bissau a 21 de março de 2011, ao abrigo da cooperação entre os dois países. Na
cerimónia de apresentação estiveram o falecido presidente guineense, Malam
Bacai Sanhá, e o ministro da Defesa de Angola, Cândido Van-Dúnem.
Estes militares estavam já de malas feitas para regressar a Angola,
depois do Governo de Luanda ter decretado o fim da missão, por pressão de
chefias militares guineenses e de diversos atores políticos. De resto, entre os
candidatos à presidência, apenas Carlos Gomes Júnior se opunha, claramente, ao
fim da missão e abandono das tropas angolanas. Uma fidelidade que lhe pode ter
salvo a vida, já que são mesmo os militares angolanos que o estão a proteger.
Eleições presidenciais conturbadas
As convulsões desta quinta-feira ocorreram poucos dias depois de ter
sido divulgados os resultados da primeira volta das eleições presidenciais
antecipadas, que foram ganhas por Gomes Júnior com quase 50 por cento dos
votos.
Os resultados foram contestados pelos outros quatro candidatos, tendo o
antigo Presidente da República, Kumba Yalá, recusado participar na segunda
volta, marcada para o próximo dia 29.
Yalá pediu a anulação das eleições e exigiu à Comissão Nacional de
Eleições a retirada do seu nome na corrida eleitoral do próximo dia 29. Serifo
Nhamadjo, Henrique Rosa, Afonso Té e Serifo Baldé, os outros candidatos,
subscreveram o manifesto.
As eleições presidenciais foram marcadas depois de Malam Bacai Sanhá,
antigo chefe de Estado, ter morrido em janeiro devido a doença prolongada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário é importante! Através dele terei oportunidade de aprender mais! Muito obrigado!