“ROBINSON CAVALCANTI, O PECADO VEIO COBRAR A SUA
CONTA”
Uma
resposta pública a Renato Vargens e aos defensores de suas incoerências
Julio Severo
Nota: Antes
que os liberais tentem me apedrejar, o título deste artigo pertence a Renato
Vargens, que usou originalmente as mesmas palavras, mas citando outro nome, que
para ele sofreu as consequências de seu próprio pecado. Peço a paciência dos
leitores, pois o texto é longo porque preciso responder a vários críticos e
acusações. Para ler meu artigo original sobre Vargens, é só clicar aqui.
“Eu creio que a teologia da libertação
deu uma contribuição muito importante ao cristianismo… dando uma abertura
positiva à reflexão marxista”. —
Dom Robinson Cavalcanti em seu livro A Igreja, o País e
o Mundo, da Editora Ultimato.
Essa citação, um claro posicionamento
reafirmado ao longo de toda a sua trajetória religiosa e política, seria o
suficiente para colocar o bispo anglicano, tragicamente assassinado pelo
próprio filho, na mira dos inúmeros críticos do mundo gospel enquanto estava
vivo. Por incrível que pareça, Cavalcanti nunca enfrentou oposição por tal postura
ideológica. Por algum motivo, os críticos estavam tão ocupados que não viram os
problemas sérios do bispo, seja no seu apoio à agenda esquerdista anticristã,
seja no seu descarado liberalismo teológico.
Teologia
da libertação sexual e poligamia
Para piorar, o bispo enfiava sua
ideologia em todas as suas atividades “ministeriais”. Em seu livro “Libertação
e Sexualidade”, ele consegue destacar Karl Marx, Rubem Alves e Gilberto Freyre,
sem mencionar sua menção positiva do Relatório Kinsey como confiável referência
científica sobre sexualidade.
Da página 77 a 108, “Libertação e
Sexualidade” trata exclusiva e abundantemente da poligamia, de forma positiva.
Cavalcanti disse:
Continuo a anunciar um Deus libertador,
que ama seus filhos e filhas, e não um Deus policial, desmancha-prazeres,
guardião das tradições repressivas (p. 10).
Considerando o contexto ideológico,
podemos ler o texto dele da seguinte forma apropriada: Continuo a anunciar um
Deus da Teologia da Libertação, que ama seus filhos e filhas, e não um Deus
policial, desmancha-prazeres, guardião das tradições repressivas (união
conjugal apenas entre um homem e uma mulher?).
Em vez de ser condenado e repreendido
publicamente por suas loucuras e aberrações, o bispo anglicano foi divulgado,
ou por propaganda ou por silêncio — “quem cala consente”. Durante anos, a
revista Ultimato o teve como colunista de destaque. Mais
recentemente, um dos seus grandes propagandistas foi o tabloide sensacionalista
Genizah. O resultado não poderia ter sido diferente, como disse o próprio
Cavalcanti: “Meu livro foi usado como texto básico para grupos de
estudo e lição para Escola Dominical em Igrejas de várias denominações” (página
9). Ele estava consciente de que seu liberalismo teológico estava sendo usado e
promovido como respeitável referência em muitas igrejas.
Cavalcanti
não era um conservador teológico
A teologia de Robinson Cavalcanti, bem
como algumas de suas posições em relação à família e à sexualidade também
afrontam não só o conservadorismo, mas também o cristianismo histórico. Sobre a
monogamia, ele afirma:
O ideal existe, mas sua manifestação histórica
pode ferir outros tantos ideais divinos: sanidade, amor, fé, pois a monogamia
pode ser, em muitos casos, apenas aritmética (1+1) e não qualitativa. A
manutenção de outros ideais divinos tem levado, por sua vez, à necessidade de
modelos não-monogâmicos que tornam possível a preservação e a promoção daqueles
outros valores e idéias diante da impossibilidade histórico-conjuntural da
simultaneidade de todos os valores (p. ex. Israel no Antigo Testamento. (no
e-book Libertação e Sexualidade, págs. 71 e 72)
É claro que ele omite a passagem bíblica
em que Jesus Cristo reafirma aos fariseus a prescrição divina irrevogável:
Deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua (no singular) mulher, tornando-se os
dois uma só carne. Também não fala do padrão paulino para bispos e diáconos:
maridos de uma só mulher.
Antes, a preocupação de Cavalcanti é
meramente igualitarista, e acarreta na hipótese de que Deus estabeleceria
padrões de conduta impossíveis de serem vivenciados ao longo da história:
O ideal divino, edênico, seriam as
uniões monogâmicas? Sim, mas para todos. Ou seja, a exigência de absolutização
desse modelo seria legítimo historicamente quando, concomitantemente, houvesse
as condições objetivas para que todos a usufruíssem, não ficando ninguém sem
casar, conforme, igualmente, o ideal edênico. Não seria teologicamente correto,
nem eticamente honesto, exigência de um aspecto sem levar em conta a totalidade
da Ordem da Criação. (Libertação e Sexualidade, pág 72)
Aqui fica óbvia a transposição da
mentalidade “socialista democrática” de Cavalcanti para a esfera teológica, com
todas as suas nefastas conseqüências de ordem espiritual e moral. “Só não é
pecado se todos tiverem o mesmo direito”. Mas nada apóia esse raciocínio
comunistóide nas Escrituras. “As manifestações sociais do pecado, as
perversões, como as guerras, as epidemias, as enfermidades, os acidentes, as
desigualdades, os preconceitos, têm tornado impossível o outro lado desse
ideal”, afirma o bispo no parágrafo seguinte. Como se a presença do pecado no mundo
pudesse relativizar a ordenança divina, única fonte da qual se pode entender a
noção mesma de pecado. A ilogicidade da assertiva raia o ridículo.
Esse é o verdadeiro e conhecido Robinson
Cavalcanti, ainda que faça boas críticas à ditadura gay (que, na verdade,
ajudou a forjar, pois sempre se empenhou para que os evangélicos brasileiros
apoiassem candidatos esquerdistas).
Um
teólogo da poligamia que não era criticado pelos críticos do mundo gospel
Depois do assassinato do bispo vermelho
pró-poligamia, Ariovaldo Ramos, em artigo no Genizah, prontamente o elogiou
como “profeta”. Ariovaldo é o mesmo homem que disse: “A Teologia da Missão Integral é uma
variante protestante da Teologia da Libertação”. Além de todo um
histórico de apoio ao PT e ao MST, Ariovaldo já chegou a defender o aborto.
Para Renato Vargens, a morte do bispo
foi uma “grande perda”, conforme foi exposto. Em que sentido? Sem Cavalcanti por
perto, não haverá mais ninguém para pregar a Teologia da Libertação ou Missão
Integral? Há outros “profetas” por aí para pregar esse “evangelho”. Mas não há
muitos pastores ousados o suficiente para justificar a poligamia. Nesse ponto,
Robinson Cavalcanti era a autêntica referência da “vanguarda revolucionária”,
como dizem os militantes da extrema-esquerda.
Teria sido louvável se Vargens tivesse
dito: “Lamento a morte do bispo, mas lamento também todos os erros que ele
disseminou nas igrejas do Brasil”.
O mesmo Vargens que escreveu “Amy Winehouse, o pecado veio cobrar a sua conta” não teve
coragem, coerência e honestidade de dizer: “Robinson Cavalcanti, o
pecado veio cobrar a sua conta”. Pelo contrário, Vargens escreveu não
um, mas dois textos em favor do bispo morto. O que teria demais em dizer que o
assassinato horrendo do bispo foi o preço de seu amor aos seus pecados de
marxismo e liberalismo teológico? Vargens preferiu seguir a multidão.
Eu preferi não seguir a
multidão. Em vez de seguir a procissão evangélica ao “profeta” morto e dizer
que a morte dele foi uma “grande perda”, deixei claro que o “profeta” provocou grandes perdas na igreja brasileira.
Essas perdas são de conhecimento público. Ainda assim, fui considerado
insensível e agressivo por autoproclamados apologetas, que estão mais
preocupados com bajulações do que com a verdade.
Se eu usasse o estilo do Vargens, eu
teria com certeza dito: “Robinson Cavalcanti, o pecado veio cobrar a
sua conta”.
Mas Vargens só usa seu estilo peculiar
para aqueles que estão na sua mira. Cavalcanti & Cia nunca estiveram na
lista negra dele e do Genizah.
Em contrapartida, eu e o filósofo Olavo
de Carvalho estamos há muito tempo na lista negra do Genizah. Somos alvo de
calúnias, grosseiras e xingamentos, mas nunca de objeções coerentes e dignas de
cristãos. E ninguém entre os teólogos, líderes de denominações e outros
“apologetas” diz um “a” sobre a conduta vergonhosa de Danilo Fernandes e sua
quadrilha. Por aí se vê a “coragem” e o “zelo” dos “apologetas” diante de um
desafio real.
O
“evangelho” de Karl Marx
Eu realmente não tenho como dizer que
foi uma grande perda a morte de um homem que pregava marxismo e poligamia.
Não vejo como um homem que é fiel à
Palavra de Deus em todas as questões da vida possa dizer que o fim de alguém
que justificava comunismo e poligamia teria sido uma “grande perda” para a
igreja brasileira, cujo interesse e ocupação deveria ser proclamar o Evangelho
em toda a sua pureza.
Mas, por amor à ficção, vamos imaginar
um Cavalcanti que não justificava a poligamia. Vamos imaginar que ele pregava
um evangelho esquerdista sem os “excessos” do marxismo — mais de 100 milhões de
mortos. Qual seria o resultado?
Em seu livro “Era Karl Marx um
Satanista?”, o Rev. Richard Wurmbrand, um pastor luterano romeno de ascendência
judaica, deixa claro que Karl Marx, o fundador do marxismo, era satanista.
Num dos seus poemas (disponível no livro
de Wurmbrand), Marx disse:
Desejo vingar-me dAquele que governa lá
em cima
Assim um deus tirou de mim tudo
Nada me restou a não ser a vingança
Meu desejo é me construir um trono
Meus braços são possuídos de força para
agarrar e triturar a humanidade. Com a força de um furacão.
Eu reduzirei o mundo a pedaços com as
minhas continuas maldições.
Quando escreveu isso, Marx tinha dezoito
anos. O plano de sua vida já havia sido estabelecido. Ele desejava arruinar o
mundo. A ambição dele era construir para si um trono, e isso se tornou satanicamente
realidade, pois seus livros e ideias estão literalmente entronizados em
universidades do mundo inteiro. O esquerdismo, por suas raízes no marxismo
satânico, sempre termina em tragédia, para a igreja e para o mundo.
“Outro
evangelho” e a fundação do MEP
Embora nos preocupemos com infiltrações
satânicas na igreja, ainda não enxergamos que uma grande infiltração já
ocorreu, com aparência de anjo de luz, sendo defendida por grandes pastores e
revistas. O Apóstolo Paulo alertou:
“Estou chocado de que estejais vos
desviando tão depressa daquele que vos chamou pela graça de Cristo, para
seguirem outro evangelho, que na verdade, não é o Evangelho. O que acontece é
que algumas pessoas vos estão confundindo, com o objetivo de corromper o
Evangelho de Cristo. Contudo, ainda que nós ou mesmo um anjo dos céus vos
anuncie um evangelho diferente do que já vos pregamos, seja considerado
maldito! Conforme já vos revelei antes, declaro uma vez mais: qualquer pessoa
que vos pregar um evangelho diferente daquele que já recebestes, seja
amaldiçoado!” (Gálatas 1:6-9 KJA)
Consciente do alerta da Bíblia, fui o
primeiro cristão do Brasil a denunciar publicamente um homem que nos trouxe um
evangelho diferente. Com esse evangelho diferente, ele se tornou membro do PT,
teve encontros com Lula e trabalhou ativamente no passado em prol do PT, só
abandonando o Partido das Trevas porque, na visão dele, o PT estava abandonando
o socialismo e se tornando mais “capitalista”.
Cavalcanti deixou o PT, mas nunca
renunciou ao marxismo. Aliás, ele foi o fundador do maior movimento esquerdista
evangélico da história do Brasil — o MEP, Movimento Evangelho Progressista.
Preocupado com a reação do público evangélico diante das ambições políticas de
seu outro evangelho, Cavalcanti teve todo o cuidado de não apresentar o MEP
como descaradamente comunista, esquerdista, marxista ou socialista.
O bispo Robinson Cavalcanti disse sobre
a fundação do MEP:
Lembro-me do debate sobre a nomenclatura
mais adequada quando da fundação do MEP: “evangélicos de esquerda”?
“evangélicos revolucionários”? “evangélicos socialistas”? Optamos pela
expressão menos controvertida de “progressistas”, embora isso lembre um
conceito positivista. Hoje poderíamos falar em um “cristianismo profético”, em
“Igreja profética”, em cristãos que incluem o profetismo (“denúncia das
estruturas iníquas da sociedade”) em seu conceito de Missão, a serviço do Reino
de Deus.
O MEP surge em 1990 com o sentimento de
continuidade e aprofundamento de um discipulado integral, que inclui a
cidadania responsável. Um importante movimento de opinião, afirmando a
compatibilidade entre a fé cristã reformada, protestante, evangélica, com a
democracia e o socialismo. O MEP estimulou essa militância nos partidos de
esquerda, nos movimentos sociais e nos sindicatos filiados à CUT.
Fonte: OS CRISTÃOS PROGRESSISTAS E A
CRISE DA ESQUERDA NO BRASIL, palestra apresentada por Dom Robinson Cavalcanti,
em nome do Movimento Evangélico Progressista, no Encontro promovido pelo CLAI
(Secretaria Regional para o Brasil) em Brasília, 29 de agosto de 2003.
A astúcia desse homem não permitia que o
MEP fosse publicamente designado pelo que realmente era: marxista.
Como um dos mais importantes estrategistas e proclamadores de outro evangelho,
Cavalcanti tinha de ser denunciado — na vida ou na morte. Essa tarefa cabia
especialmente aos críticos do mundo gospel. Mas, muito diferente do que sempre
fizeram com Malafaia — onde a crítica de boca escancarada é a regra —, a regra
deles para Cavalcanti e outros pregadores de outro evangelho é a boca fechada.
Só o silêncio já é pecado para eles,
pois se a missão deles é realmente defender o Evangelho, por que Vargens teve o
trabalho de escrever dois artigos sobre o bispo sem mencionar seu “outro
evangelho”? Aliás, Vargens, que critica regularmente Silas Malafaia e outros
neopentecostais por nome, nunca fez uma única menção negativa a Cavalcanti.
Cito Vargens porque o conheço pessoalmente e sei com quem ele anda: ele está
diretamente ligado à turma teológica do Mackenzie, cujos estudantes ficaram
famosos por confrontarem publicamente militantes esquerdistas durante o regime
militar.
“Sigam
o blog do Renato Vargens sem restrição!”
Na verdade, essa amizade é tão estreita
que logo que escrevi meu artigo denunciando a incoerência de Vargens, teólogos
do Mackenzie e aliados se manifestaram prontamente para dar apoio irrestrito a
ele. Augustus Nicodemus, chanceler do Mackenzie, deu o tiro de partida, dizendo
em sua página de Facebook: “Recomendo o blog do Renato Vargens sem
restrição”. Norma Braga e outros copiaram e retransmitiram. “Sem
restrição” significa, de acordo com o Dicionário Michaelis, “sem reservas”,
“incondicionalmente”. Significa que eles concordam, TOTALMENTE, com tudo o que
Vargens diz e disse em seu blog.
E eu que achava que os cristãos nunca
alcançariam esse sublime estado de perfeição na terra! Preciso descobrir o
segredo divino do Vargens. Meus leitores me apoiam com restrições e críticas.
Mas Vargens virou um anjo! Se do lado neopentecostal você encontra apóstolos e
bispos, do lado antineopentecostal você encontra criaturas muito mais
graduadas. Ninguém pode negar que os anjos estão em hierarquia acima dos
pastores, apóstolos e bispos.
O que é fascinante nessa questão é que Augustus
Nicodemus Lopes é um teólogo, especialista em hermenêutica. Norma Braga é
escritora. Ambos estão aptos a entender profundamente o significado das
palavras. Portanto, esse termo “sem restrições” não foi um mero descuido deles.
Foi um termo proferido com entusiasmo e convicção, por quem sabe o que fala.
Vejamos agora o comportamento do anjo
que é recomendado sem restrição, o anjo que critica Silas Malafaia, mas nunca
criticou Cavalcanti.
Renato
Vargens faz propaganda de Caio Fábio
Tal qual o Genizah, Renato Vargens, até
onde pode, divulga “pregações” de Caio Fábio. Veja a divulgação dele aqui e aqui, com Caio Fábio, para variar, atacando Malafaia.
Divulgar o excelente trabalho de Malafaia contra o aborto e a agenda gay ouas posturas pró-vida e pró-família da Marcha para Jesus?
Isso nem passa pela cabeça do Vargens. Só para recordar, recebo de Caio Fábio o
mesmo tratamento de zombaria que recebo do Genizah.
Genizah
elogia Caio Fábio e ataca Julio Severo e Olavo de Carvalho
E por falar em gente mal intencionada, a
minha impressão negativa sobre Pat Robertson ganhou outro patamar quando um
certo blogueiro parecido com o INRI Cristo, hoje roommate nos Estados Unidos de
Olavinho, a cloaca senil, de Carvalho apoiou a mesma tese racista relativamente
ao povo sofrido do Haiti…
Está muito claro que a verdade e a sã
doutrina são meros detalhes na defesa dos ideais políticos de INRIzinho.
Doutrina cristã não é a praia dele. O camarada é apologista do ideal
reacionário e, na sua defesa tropega da ideologia olaviana, ele segue uma linha
de raciocínio típica dos esquizofrênicos paranoides, onde se alguém emite uma
opinião em concordância com a opinião específica de outra pessoa, a qual
defenda alguma tese que o esquizofrênico paranoide esteja vidrado, para este,
os dois são iguais e concordam em tudo.
“Defensor
da fé”
Como será mostrado mais adiante, Vargens
declarou em seu blog: “Louvo a Deus pelos defensores da fé… pelos blogs
de apologética como o… Genizah.”
O Genizah promove Cavalcanti, e isso é
apologética e defesa da fé.
O Genizah ataca Malafaia, e isso é
apologética e defesa da fé.
O Genizah promove Caio Fábio, e isso é
apologética e defesa da fé.
O Genizah ataca Julio Severo e Olavo de
Carvalho, e isso é apologética e defesa da fé.
O Genizah promove Ariovaldo Ramos, e
isso é apologética e defesa da fé.
E ai de quem não louvar o “defensor da
fé” e “blog apologético”!
Se temos agora que seguir o blog do
Renato Vargens sem restrição, então somos obrigados a dizer: “Oh, Deus, te
louvamos porque o Genizah é um blog apologético que defende a fé única e
verdadeira nos protegendo de heréticos como Silas Malafaia, Olavo de Carvalho e
Julio Severo e nos iluminando com a luz de Cavalcanti, Caio Fábio e Ariovaldo
Ramos”.
Ataque a Teologia da Prosperidade e você
ganha o direito de promover a Teologia da Libertação, Leonardo Boff, Caio Fábio
e Cavalcanti e ainda posar de “santo”, “defensor da fé” e especialista em
“apologética”! Com todos esses privilégios, quem é que não vai querer
participar, ou pelo menos emudecer?
Genizah e Vargens são implacáveis contra
a Teologia da Prosperidade e seus pastores. Mas os dois divulgam
sistematicamente o “profeta” Cavalcanti, Caio Fábio e Ariovaldo Ramos,
emudecendo com relação aos erros e aberrações desses homens. Aliás, eles vivem
à vontade entre teólogos e pastores liberais, nunca os confrontando.
O que está por trás dos ataques aos
neopentecostais? O que está por trás da promoção aos pastores liberais e o
silêncio diante dos erros deles?
Por que os chamados apologetas
calvinistas se calam diante de Cavalcanti, Genizah & Cia? Será que
Cavalcanti, Genizah & Cia estão desculpados em todos os seus pecados e
liberalismo apenas por sua posição de atacar a Teologia da Prosperidade e os
neopentecostais — esporte predileto dos calvinistas liberais e cessacionistas?
Cavalcanti:
Teologia da Prosperidade é reflexo do capitalismo
Robinson Cavalcanti via a Teologia da
Prosperidade como expressão do capitalismo. Isso pode explicar a razão por que
adeptos da Teologia da Missão Integral invariavelmente sejam os mais raivosos
contra os adeptos da Teologia da Prosperidade. Embora tentem camuflar sua
hostilidade com preocupações “teológicas”, “bíblicas” ou “apologéticas”, sua
fonte é essencialmente ideológica.
Em recente entrevista à revista Cristianismo Hoje, Caio Fábio declarou que o grande
momento para unificar as igrejas evangélicas do Brasil foi o início da década
de 1980. Na entrevista, feita por Danilo Fernandes, do Genizah, Caio Fábiodesabafou:
“A teologia da prosperidade não existia por aqui, o que prevalecia era a
teologia da missão integral. Havia uma quantidade enorme de pastores [adeptos
da teologia da missão integral]”. Esse prevalecimento, de acordo com ele,
ocorria de forma especial no Congresso Brasileiro de Evangelização, onde até
hoje a Teologia da Missão Integral está no pedestal. Mas Deus, em sua graça,
destruiu a unificação evangélica que quase ocorreu no começo da década de 1980:
Pouco tempo depois, veio a Teologia da Prosperidade, com força total, quebrando
a espinha dorsal do monopólio da Teologia da Missão Integral, essencialmente
arruinando todos os esquemas socialistas maiores que estavam sendo
arquitetados.
A ascensão do neopentecostalismo
destroçou o consenso que, de acordo com Caio Fábio, estava se avolumando entre
as igrejas com relação à Teologia da Missão Integral.
A destronação da Teologia da Missão
Integral foi um golpe “imperdoável”, provocando uma demonização sem precedentes
das igrejas neopentecostais, sob a capa de seriedade espiritual e devoção
religiosa. Caio Fábio e Robinson Cavalcanti, que tiveram papel
destacado em iniciativas para aproximar os evangélicos do PT, se tornaram
“profetas” contra a Teologia da Prosperidade e a favor da
Teologia da Missão Integral, que usa o Evangelho apenas como palanque da
ideologia socialista.
Por atacar a Teologia da Prosperidade,
Cavalcanti e outros “mestres” da Teologia da Missão Integral ganharam isenção
de toda crítica. Afinal, o Brasil vive uma temporada livre de caça aos adeptos
da Teologia da Prosperidade. Por determinação de uma minoria de pastores
liberais e pelo silêncio da maioria, é proibido colocar a Teologia da Missão
Integral nessa temporada.
Assim, é natural ver multidões
aproveitando a temporada de caça, e depois mostrando aos amigos apologetas e
genizistas: “Ei, cacei um neopentecostal! Coloquem-me na primeira página!
Mereço os holofotes! Mereço prêmios e condecorações!”
“Profecias,
línguas, visões e outros dons do Espírito Santo cessaram há dois mil anos…”
Os neopentecostais, especialmente sua
Teologia da Prosperidade, são atacados implacavelmente pelo Genizah, Vargens
& Cia. Contudo, se a questão da Teologia da Prosperidade for resolvida,
Vargens e seus amigos do Mackenzie ficarão satisfeitos? Claro que não. Eles são
cessacionistas — religiosos que acreditam que os dons do Espírito Santo eram
apenas para a época dos apóstolos. Portanto, na visão deles, hoje não existe
genuínas profecias, dons de cura, dons de línguas, etc.
Eles realmente acreditam que os cristãos
que têm esses dons hoje não os receberam de Deus. A questão deles, pois, com os
neopentecostais e pentecostais é muito mais profunda e espinhosa, não se limitando
apenas à Teologia da Prosperidade. Os dons sobrenaturais do Espirito Santo
também estão incluídos na lista de condenação deles do que os cristãos hoje
podem ou não ter.
Infelizmente, a heresia cessacionista —
que faz seus adeptos ridicularizarem e atribuírem ao diabo as manifestações
legítimas do Espírito Santo na vida de milhões de cristãos atualmente — não é
atacada com veemência e seriedade por quase ninguém atualmente. (Quem encontrar
um apologeta denunciando a heresia cessacionista ganha um pirulito!)
O que tenho para dizer para Vargens e os
calvinistas que o apoiam sem restrição é: cuidem de seu quintal. As
maiores igrejas presbiterianas do mundo estão descambando para a ordenação de
pastores gays e lésbicas. Portanto, parem sua preocupação obsessiva com os
pentecostais e neopentecostais e cuidem de seu próprio quintal.
Nunca vi Vargens, que tem 100% de apoio
de outros calvinistas, criticar e condenar Robinson Cavalcanti e seus males
teológicos e políticos.
Mas tenho certeza de que Vargens jamais
perdoaria se visse o Apóstolo Paulo ou outro cristão fazendo isso HOJE:
“E Deus pelas mãos de Paulo fazia
maravilhas extraordinárias. De sorte que até os lenços e aventais se levavam do
seu corpo aos enfermos, e as enfermidades fugiam deles, e os espíritos malignos
saíam.” (Atos 19:11-12 ACF)
O que Paulo fazia era totalmente
estranho e avesso à teologia seca e morta dos judeus de sua época, e duvido que
seria diferente para os adeptos modernos de teologias secas e mortas.
Provavelmente, pelas mãos de Paulo
muitas outras maravilhas extraordinárias eram feitas, não só com lenços e
aventais. Mas se hoje um cristão imita Paulo, com lenços ou aventais ou outros
objetos, os adeptos da teologia cessacionista prontamente negam que isso seja
de Deus, pois afinal, para eles, os dons espirituais cessaram com os primeiros
apóstolos, como se o próprio Espírito Santo tivesse ficado velhinho e se
aposentado!
Maiores
milagres nos últimos dias
É possível hoje um cristão ser usado por
Deus para que milagres extraordinários sejam realizados através de lenços,
aventais e outros objetos? Claro que sim. Jesus realizou milagres imensos e Ele
disse para nós:
“Na verdade, na verdade vos digo que
aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do
que estas, porque eu vou para meu Pai.” (João 14:12 ACF)
“Aquele que crer e for batizado será
salvo. Todavia, quem não crer será condenado! E estes sinais acompanharão aos
que crerem: em meu Nome expulsarão demônios; em línguas novas falarão. Pegarão
serpentes com as mãos; e, se algo mortífero beberem, de modo nenhum lhes fará
mal, sobre os enfermos imporão as mãos e eles serão curados!” (Marcos 16:16-18
KJA)
E nós, que estamos nos últimos dias,
somos alvos de promessas não de cessação dos dons, mas de maiores manifestação
deles:
“Nos últimos dias, diz o Senhor, que
derramarei do meu Espírito sobre todos os povos, os seus filhos e as suas
filhas profetizarão, os jovens terão visões, os velhos terão sonhos”. (Atos
2:17 KJA)
De acordo com Jesus, nós que cremos nEle
podemos sim fazer obras maiores do que os grandes milagres que Ele realizou,
seja por meio de lenços, aventais ou outros objetos ou o que o Espírito Santo
inspirar, por mais estranho que possa parecer aos adeptos de teologias mortas e
secas, ou por mais escandaloso que possa parecer para os que têm fé firme de
que os dons espirituais sobrenaturais só existiram há 2.000 anos e o que se vê
hoje, de acordo com eles, é falsificação e operação demoníaca.
Para eles, Deus hoje não fala mais
através de sonhos, visões e profecias. Curas por dons espirituais e palavras
proféticas? Heresia!
Como a maior parte da igreja brasileira,
eu creio que Deus fala hoje, que Deus cura hoje, que Deus faz milagres e
maravilhas hoje e que Deus dá dons de visões e profecias hoje. Tenho essa
convicção porque não quero andar na contramão da Palavra de Deus e do mover do
Espírito Santo.
Creio que os que creem em Jesus podem
hoje realizar maiores milagres. Creio na Palavra de Deus. Mas tenho
desconfiança de cristãos que se dizem profetas e apoiaram Lula. Tenho desconfiança de líderes
cristãos que dizem que oraram e a resposta foi José Serra ou Marina Silva. Tenho desconfiança de cristãos que dizem que
oraram e Deus os dirigiu a votar num cristão marxista, profundamente
comprometido com a Teologia da Libertação.
A
união oportunista de críticos ideológicos e teológicos da Teologia da
Prosperidade
Enquanto os críticos ideológicos e
liberais teológicos criticam a Teologia da Prosperidade por vê-la como reflexo
do capitalismo, críticos teológicos tradicionalistas atacam porque são
fundamentalmente contra tudo o que venha do neopentecostalismo.
O fato de que igrejas e líderes não
liberais silenciem diante das críticas ideológicas das igrejas da Teologia da
Missão Integral deve-se exclusivamente ao ranço teológico, que no final acaba
beneficiando o liberalismo teológico, que cresce debaixo do silêncio
comprometedor daqueles que deveriam denunciar os perigos maiores da Teologia da
Missão Integral.
Os críticos teológicos liberais só vão
parar de criticar os neopentecostais depois que os neopentecostais abraçarem a
Teologia da Missão Integral.
Os críticos teológicos tradicionalistas
só vão parar de criticar os neopentecostais depois que os neopentecostais
abandonarem a Teologia da Prosperidade, e depois que abandonarem falar em
línguas, profecias, expulsão de demônios, etc. Mas as exigências teológicas,
com certeza, não vão parar por aí.
O
que você deve fazer com um crítico da Teologia da Prosperidade?
Qual deve ser sua atitude quando
encontrar um crítico do mundo gospel numa igreja ou conferência? Você que é
pastor ou responsável pela conferência, exija que o crítico só trate dos
problemas da Teologia da Prosperidade depois que ele denunciar
a Teologia da Missão Integral e a heresia cessacionista. Se o especialista em
crítica não aceitar esses justos termos, mande-o plantar batatas no quintal da
casa dele.
Se ele quiser atacar Silas Malafaia ou
R.R. Soares, exija dele: “Você passou anos atacando esses dois telepastores
neopentecostais, mas nunca criticou Ariovaldo Ramos e outros promotores da
Teologia da Missão Integral, inclusive o Genizah. Você também nunca atacou a
heresia cessacionista. Se não começar agora a denunciar essas heresias, vou
vê-lo como falso mestre de hoje em diante”.
Renato
Vargens recomenda Ariovaldo Ramos e Genizah
Por falar em Ariovaldo Ramos,
Vargens recomendou publicamente que seus leitores o seguissem no Twitter. Veja aqui. O Genizah & Cia dizem “amém”! Augustus
Nicodemos completa: “Sigam o blog do Renato Vargens sem restrição!”
Vargens também disse: “Louvo a Deus pelos defensores da
fé… pelos blogs de apologética como o da Nani, Genizah, Púlpito
Cristão, Márcio de Souza, Hermes Fernandes, e dezenas de outros
mais que diariamente lutam contra os ensinamentos espúrios dos apóstolos
modernos”.
Os que seguem Vargens sem restrição em
tudo o que ele disse têm também o dever de “louvar a Deus” pelo Genizah e
outros debochadores. Como é horrível seguir incondicionalmente meros mortais!
Hermes Fernandes, que foi recomendado
por Vargens, já foi repreendido publicamente por ter debochado de Olavo de
Carvalho, mas recebeu resposta à altura, que você pode ver aqui:
Em outra ocasião, Vargens louvou a Deus
por Antônio Carlos Costa, pela “ousadia de levantar a bandeira da paz neste
país”. Essa “ousadia” foi compactuar com a ideia de paz do socialismo:
desarmamento da população civil. Vargens também “Bendisse ao Senhor por
teólogos como… Ariovaldo Ramos”. Você pode encontrar esses disparates aqui no blog do Vargens. E você pode apostar que o PT
e outros socialistas devem estar louvando todos os deuses e deusas por um líder
evangélico calvinista progressista como Antônio Carlos Costa que trabalha pelo
desarmamento.
Sobre desarmamento, tenho este artigo:
Dá, realmente, para seguir o blog do
Renato Vargens sem restrição? Faça essa pergunta ao Rev. Augustus Nicodemus, do
Mackenzie.
“Como alguém que decide pegar um cão
pelas orelhas, assim sofre aquele que se mete em discussão alheia!” (Provérbios
26:17 KJA)
Meu longo artigo é, pois, um reforço ao
que eu disse sobre a incoerência do Vargens e também uma resposta às acusações
dos que a Palavra de Deus chama de “metidos”.
Eu já havia tratado do assunto do
Vargens e Cavalcanti adequadamente neste artigo:
Julio
Severo responde aos críticos que não gostam de ser criticados
O que fica mais que evidente é que a
turma que adora criticar (vejam só!) não adora ser criticada. Bastou a
“recomendação ‘sem exceção’” do Rev. Nicodemus, literalmente sacralizando as
incoerências do Vargens, que a turma mackenzista & cia saiu em tropel em
defesa do crítico incoerente, sem parar para olhar mais nada. Sorte a
recomendação sem exceção não ter envolvido pulo em abismo!
Nessa altura, podemos pensar: será que
até mesmo Calvino recebe de seus seguidores um apoio incondicional e sem
exceção?
Darei, a seguir, minhas respostas aos
que não gostam de críticas e criticaram a mim no blog do Vargens:
Tiago Santos: Ô, moleque, que vai atrás de
recomendações sem restrição e tenta agradar lambendo botas e solas dos
recomendadores e recomendados. Por que você não cuida melhor da Editora Fiel,
que já chegou a colocar propaganda no Genizah? No comentário de apoio ao
Vargens, você disse: “Acusá-lo de esquerdismo por sua palavra de
respeito à vida do bispo que foi brutalmente assassinado tange a desonestidade
e beira o absurdo”. Ora, ora, Sua Santidade Tiago, o único acusado de
esquerdismo foi o Cavalcanti. E o que Vargens disse da cantora que morreu?
Repito o que ele disse: “Amy Winehouse, o pecado veio cobrar a sua conta”. Não se
pode dizer então: “Robinson Cavalcanti, o pecado veio cobrar a sua conta”? Sua
teologia é que todos os descrentes vão para o inferno e todos os pastores,
inclusive Cavalcanti, vão para o céu? Isso parece predestinação calvinista, bem
típico de você e seu grupo.
Ora, você finge desconhecer que a
punição para os que conhecem o Evangelho e o distorcem é maior do que para
aqueles que, sem o conhecer, pecaram por toda a vida.
Você também disse: “Concluo
expressando minha tristeza por perceber que há alguns que confundem a fé cristã
com conservadorismo político. Aquela está muito acima desta — e é a base da boa
política”.
Alguns, quem, rapaz? Seu comentário
deveria ter lidado com a incoerência do Vargens, sem jogar indiretas. Você não
poderia estar falando de outra pessoa. Qualquer criança sabe que você se
referia a mim.
Agora pergunto: com base em que você faz
acusações sobre a vida cristã de outra pessoa?
Você não conhece minha vida devocional,
não conhece minha vida familiar, nada sabe da minha vida na igreja local que
frequento e nem da minha vida na comunidade em que atualmente moro. Você desconhece
meu testemunho na vida diária, desconhece as minhas atividades ministeriais que
não aparecem em meu blog, e desconhece outros posicionamentos e convicções
minhas em outras áreas.
Mesmo assim, você se atreve a lançar
acusações estúpidas.
Querendo por em dúvida a qualidade e a
autenticidade da minha fé a fim de justificar, desviar ou acobertar as
incoerências do Vargens, você mostrou a qualidade da sua própria fé. Tal erro é
muito grave, pois não há nada no padrão ético da Bíblia que justifique sua acusação
à minha pessoa ou a qualquer outra pessoa.
Duvido que o propósito da Editora Fiel
seja gerar na vida dos leitores o comportamento que você demonstrou. Seja como
for, leitores verdadeiramente guiados pelo Espírito Santo não se deixam
influenciar por tal carnalidade.
Portanto, deixe de molecagem, e aja com
a responsabilidade de um verdadeiro servo de Deus. E isso não vale apenas para
você. Vale para todos os que, vergonhosamente, apoiaram sua acusação, como
Norma Braga, Uziel Santana e outros.
Norma Braga disse: “É uma piada de muito mau
gosto dizer que você é de esquerda”. “Vargens é de esquerda” não são palavras
que eu disse, mas que você colocou na minha boca. O que eu disse é que o
Vargens é um incoerente. Como você chama um crítico que critica tudo e diz ser
contra o marxismo, mas não critica Cavalcanti por seus pecados descarados? Como
você chama alguém que diz “Amy Winehouse, o pecado veio cobrar a sua conta”,
mas não aplica o mesmo princípio ao bispo que pregava marxismo e depravação?
Como você chama um homem que silencia diante dos pecados de Cavalcanti e elogia
todos os que debocham de mim e do Olavo de Carvalho? Vargens é um incoerente.
Como chamamos alguém que diz condenar o marxismo, mas anda a vontade com
pastores dessa linha, os elogia e louva a Deus pela vida deles? Não consigo
imaginar o Apóstolo Paulo louvando a Deus por nenhum dos pregadores que
proclamavam outro evangelho. Paulo não teria elogiado nem mesmo um anjo se
tivesse feito isso.
Mas no seu caso, como você também já
declarou que recomenda Renato Vargens “sem restrição”, temos novamente a
questão de um anjo encarnado, que não erra. E o que é mais grave: os erros
notórios do Vargens passam a ser também os seus, quer você goste disso ou não.
Voltando ao ponto central é: Cavalcanti
era ou não falso mestre? O que está em questão aqui não é o que você imagina
sobre mim e outras pessoas. De leitores de alma, já basta Caio Fábio. E você
apoiou a interpretação de alma que o Tiago Santos fez, postando até um elogio
seu ao que você chamou de “testemunho bonito” do Tiago Santos. Mas uma amiga
sua disse para você sobre esse “testemunho bonito”:
“Eu sei que o Pr. Renato é excelente
pessoa. Mas só tem um senão no texto: eu não considero socialistas como irmãos
em Cristo, já que o socialismo é frontalmente contrario à fé cristã e sempre procurou
e a procura destruir. Prova é o que tem acontecido no mundo e no Brasil. Que o
Robinson não era conservador, não era mesmo, hehe”.
É mais fácil levantar qualquer acusação
contra mim do que reconhecer que o “anjo” não é dotado de infalibilidade?
Leia minha resposta acima ao Tiago.
Vargens — e os que tentam acobertar sua incoerência — fez um desserviço ao
Evangelho ao prestar solidariedade a um dos maiores estrategistas do outro
evangelho no Brasil.
Uziel Santana: “O fundamento da nossa ação
no Reino ou no mundo sempre deve ser Cristo. Não deve haver outro fundamento,
seja ele de direita ou de esquerda. Como bem disse o Tiago, confundir as bases
da nossa fé com o conservadorismo político é inadmissível, principiante e coisa
de quem, ao contrário do que prega as Escrituras, está em busca de
partidarismos e divisões na Igreja de Cristo”.
Sua acusação foi além da do Tiago.
“Partidarismos e divisões na Igreja de Cristo”? Você está falando do Genizah,
Ariovaldo Ramos, Robinson Cavalcanti ou de mim? Prove sua acusação.
Nem direita nem esquerda são o
fundamento do Cristianismo, mas a verdadeira fé cristã se expressa com posturas
conservadoras. As posturas conservadoras são um dos frutos do verdadeiro
Cristianismo, e ficam evidentes quando o cristão maduro tem oportunidades de
dar seu testemunho público em questões culturais e políticas. Durante o governo
militar, os estudantes do Mackenzie, de direita, entravam em violentos
confrontos de rua com os estudantes da esquerda. Acredito que a direita não era
a base da fé deles, assim como não é da minha. E só para constar: nunca tive
violentos confrontos de rua com nenhum esquerdista.
O que é inadmissível é que, com a
desculpa de pregar o evangelho, se faça vista grossa ao apoio à Teologia da
Missão Integral, à heresia cessacionista e às incoerências e pecados óbvios de
lideranças evangélicas, com o interesse oportunista de forjar uma artificial
“união na Igreja de Cristo”, visando, obviamente, alcançar maior poder,
visibilidade e influência diante de determinados movimentos. A fé cristã ou
ação no Reino sempre foram desculpas bem arranjadas para manipuladores do
Evangelho como Cavalcanti. Você conhece a história das grandes denominações
brasileiras, repletas de pastores liberais, maçons e esquerdistas. Sabe do que
estou falando.
Convenhamos, Uziel, você está hostil
comigo desde que rejeitei seu apoio a Marina Silva. Conforme você me disse,
você orou e Marina foi a resposta. De forma igual, Valnice Milhomens orou e
Marina foi a resposta. Mas duvido muito que foi Deus quem deu uma resposta a
vocês. E seus amigos cessacionistas também duvidam com certeza, mas por outros
motivos. Contudo, você não se pronuncia sobre suas discordâncias com eles,
evitando o confronto do erro, apenas para alimentar interesses de poder,
visibilidade e influência debaixo da capa de amor e união cristã.
Desde o episódio da Marina, parei de
publicar seus artigos e de recomendá-los.
Eu avisei você que Marina tem como
conselheiros Leonardo Boff e Caio Fábio. Ambas as criaturas são apoiadas pelo
Genizah. E você ainda me perguntou “O que é que você tem contra o Genizah?” O
orgulho de satanás foi querer grandeza e posições elevadas. E esse é um
problema sério que você tem de lidar na sua própria vida, pois desde que parei
de lhe dar oportunidades de publicação, você está em hostilidade.
O que você quer que eu pense a seu
respeito, diante de tudo isso?
Solano Portela: Você, como eu, é contra o
desarmamento da população civil. Mas já expus minha discordância com você por
ter citado favoravelmente o Rio de Paz, organização desarmamentista amplamente
apoiada pelo Genizah. Isso é incoerência. Agora, você apareceu no blog do
Vargens para participar do ataque em grupo contra mim. Pare de ser incoerente. Copiei aqui meu comentário para você em 2008:
Olá, Rev. Solano! Parabéns pelo
excelente artigo! Eu queria publicá-lo no meu blog, mas fiquei preocupado
porque seu texto faz divulgação do Rio de Paz, que recentemente patrocinou
palestra do ultra-esquerdista Bispo Robinson Cavalcanti. Além disso, as
campanhas do Rio de Paz, que lidam com questões de violência e segurança
pública, não defendem o direito natural dos cidadãos à defesa pessoal e armada.
São campanhas que acabam atendendo aos interesses da ideologia esquerdista
(principalmente o desarmamento, tão querido da esquerda) e, como todos somos
testemunhas, o esquerdismo é uma doença mental afetando e impulsionando não só
o governo Lula, mas também o movimento homossexual. Sou pela paz, mas não a paz
da esquerda ou do inferno. Sou pela paz de Cristo, que deve reinar nos
corações, junto com a justiça de Deus.
Euder Faber disse: “A postura de Renato
Vargens tem sido pautada pela coerência ética e bíblica, afirmar que ele é um
esquerdista é um absurdo. Renato conta com a solidariedade dos que fazem a
Vinacc”. Não chamo de coerência ética e muito menos bíblica elogiar
Cavalcanti, Ariovaldo Ramos e Genizah. Quem colocou na minha boca a afirmação
de que “Vargens é um esquerdista” foi a Norma Braga. Mas é inegável que várias
das más companhias dele são esquerdistas. Isso eu deixei muito claro no meu
artigo, mas você preferiu se esquivar de todas as ligações do Vargens plantando
algo na minha boca. Vargens é um incoerente. Como chamamos alguém que diz
condenar o marxismo, mas anda a vontade com pastores dessa linha, os elogia e
louva a Deus pela vida deles? Não consigo imaginar o Apóstolo Paulo louvando a
Deus por nenhum dos pregadores que proclamavam outro evangelho. Paulo não teria
elogiado nem mesmo um anjo se tivesse feito isso.
O papel da VINACC hoje se reduz a se
solidarizar com um homem que se solidariza com pastores e líderes que abraçaram
outro evangelho?
O stand da revista Ultimato está
sempre nos eventos da VINACC. Então, você tem assuntos muito mais importantes
para se preocupar do que seguir “recomendações sem restrição”.
Leonardo Gonçalves, antigo aliado do Genizah e dono do
Púlpito Cristão, aproveitou para mostrar sua cara nos comentários. Dois anos
atrás, Leonardo participou de um conluio com o Genizah para me atacar, e agora
tenta repetir a proeza. Será que sou tão forte assim que o Leonardo só consegue
me atacar protegido em bando?
Supondo que não foi por mágoa (não leio
a alma de ninguém) nem por um nojento espírito de matilha que você e outros
tomaram as dores do Vargens depois do meu artigo mostrando as incoerências
daquele que foi recomendado sem restrição, foi então por qual motivo? Foi por
zelo à sã doutrina?
Para aqueles que querem conhecer o embate
que o senhor Leonardo já teve comigo no passado, leiam o artigo:
Jean
Wyllys está certo
Desgraçadamente, tenho de concordar com Jean Wyllys quando disse que os calvinistas são os maiores aliados do
movimento gay. Sustentam com unhas e dentes uma apologética
raivosa militantemente antineopentecostal, mas toleram o outro evangelho
baseado nas ideias de Karl Marx. Não são progressistas, mas toleram essa
ideologia, por amor a amizades e corporativismo doutrinário e denominacional.
(Quando digo que não são progressistas, não me refiro aos calvinistas Genizah e
Ariovaldo Ramos.)
É muito fácil criticar nominalmente
pastores da Teologia da Prosperidade. Essa é a onda, que está provavelmente
sendo usada para acobertar os próprios pecados dos críticos.
Mas onde está a coragem para denunciar
os pregadores do outro evangelho, o evangelho que Cavalcanti pregava? Anos
atrás, publiquei um artigo excelente denunciando nominalmente um dos maiores
escritores esquerdistas do mundo evangélico. A pessoa que me ajudou a escrever
não queria assinar o artigo comigo, pois criticar liberais evangélicos famosos
custa caro. No caso dessa pessoa, poderia lhe custar oportunidades em grandes
editoras do Brasil. Assim, embora o artigo trouxesse uma imensa contribuição
dessa pessoa, fui obrigado a colocar somente minha assinatura, pois ela estava
com muito medo de se expor a virar alvo de críticas.
Não tenho medo de críticas. Não tenho
medo também de perder oportunidades. Semanas atrás, um dos maiores jornais
seculares dos EUA me convidou oficialmente para ser colunista, me tentando com
ofertas de um futuro de fama e riquezas. Não pude aceitar porque o dono do
jornal é um dos maiores heréticos do mundo.
Não tenho medo nenhum de nadar contra a
maré, mesmo quando sou diretamente prejudicado. O mais importante para mim é
não negar o nome de Jesus publicamente.
É fácil nadar com a corrente. O difícil
é nadar contra a corrente e modismos.
É fácil então enfrentar um cristão como
eu. O Genizah faz isso muito bem: com deboches, calúnias e mentiras. Mas não é
fácil enfrentar liberais, que vivem cercados de matilhas e multidões enganadas.
Só entrei nesse assunto porque o foco
dessa confusão — a falta de coerência, coragem e honestidade do Vargens de
também escrever “Robinson Cavalcanti, o pecado veio cobrar a sua conta” —
tem tudo a ver com anos de denúncias proféticas que venho fazendo contra o
profetismo esquerdista de Cavalcanti.
Se o pastor Richard Wurmbrand estava
certo ao afirmar que Karl Marx era satanista, então Cavalcanti tinha simpatia
por uma ideologia satanista. O marxismo e suas variantes são infiltrações
satânicas na igreja. É outro evangelho. Não faz, pois, sentido algum acobertar
num bispo evangélico liberal tais diabólicas simpatias ou prestar solidariedade
a um homem que tanto estrago provocou na igreja brasileira.
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